Ministra alemã é alvo de críticas após questionar casamento gay
Chefe da pasta de Educação questiona decisão da Alemanha de legalizar matrimônio homoafetivo e possíveis problemas enfrentados por filhos de pais do mesmo sexo. Parlamentares classificam declarações de discriminatórias.A ministra da Educação da Alemanha, Anja Karliczek, foi alvo de críticas por ter questionado a recente decisão da Alemanha de legalizar o casamento gay e o bem-estar de filhos de casais do mesmo sexo. Parlamentares da oposição rechaçaram os argumentos da ministra.
Karliczek – membro da União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal alemã, Angela Merkel – afirmou que a decisão de 2017 de legalizar o casamento gay na Alemanha foi precipitada, e alegou ainda que não havia estudos de longo prazo sobre os efeitos sobre crianças que têm pais do mesmo sexo.
"Acho que a maneira como fizemos isso [legalizar o casamento gay] não estava certa", disse Karliczek em entrevista ao canal alemão de notícias NTV.
A ministra para Família, Idosos, Mulheres e Jovens, Franziska Giffey, imediatamente afirmou à colega de gabinete que há pesquisas sobre filhos de casais homossexuais.
"Estudos já mostraram que as crianças se desenvolvem tão bem em relacionamentos homossexuais como em famílias com uma mãe e um pai. O que conta é que as pessoas cuidem de seus filhos com amor", disse Giffey, membro do Partido Social-Democrata (SPD).
A parlamentar Doris Achelwilm, do partido A Esquerda, acusou Karliczek de "negar a realidade" e de apresentar "argumentos simulados fraudulentos". Em entrevista ao conglomerado midiático alemão Funke, Achelwilm salientou que houve tempo para o debate sobre a igualdade no casamento no Bundestag (Parlamento alemão) e que a maioria dos alemães havia apoiado a legislação.
Sven Lehmann, do Partido Verde, também apontou que numerosos estudos de longo prazo foram realizados sobre o assunto, e acrescentou que Karliczek faria com que algumas crianças alemãs venham a sofrer por causa de suas "declarações discriminatórias".
PV/kna/afp
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| WhatsApp | App | Instagram | Newsletter
Karliczek – membro da União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal alemã, Angela Merkel – afirmou que a decisão de 2017 de legalizar o casamento gay na Alemanha foi precipitada, e alegou ainda que não havia estudos de longo prazo sobre os efeitos sobre crianças que têm pais do mesmo sexo.
"Acho que a maneira como fizemos isso [legalizar o casamento gay] não estava certa", disse Karliczek em entrevista ao canal alemão de notícias NTV.
A ministra para Família, Idosos, Mulheres e Jovens, Franziska Giffey, imediatamente afirmou à colega de gabinete que há pesquisas sobre filhos de casais homossexuais.
"Estudos já mostraram que as crianças se desenvolvem tão bem em relacionamentos homossexuais como em famílias com uma mãe e um pai. O que conta é que as pessoas cuidem de seus filhos com amor", disse Giffey, membro do Partido Social-Democrata (SPD).
A parlamentar Doris Achelwilm, do partido A Esquerda, acusou Karliczek de "negar a realidade" e de apresentar "argumentos simulados fraudulentos". Em entrevista ao conglomerado midiático alemão Funke, Achelwilm salientou que houve tempo para o debate sobre a igualdade no casamento no Bundestag (Parlamento alemão) e que a maioria dos alemães havia apoiado a legislação.
Sven Lehmann, do Partido Verde, também apontou que numerosos estudos de longo prazo foram realizados sobre o assunto, e acrescentou que Karliczek faria com que algumas crianças alemãs venham a sofrer por causa de suas "declarações discriminatórias".
PV/kna/afp
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| WhatsApp | App | Instagram | Newsletter
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.