Maduro diz que na Venezuela "não terá Bolsonaro"
Venezuelano disse que não permitirá uma mudança da esquerda para a direita no país. "Aqui será o povo e o chavismo por muito tempo." Ele também voltou a insultar Hamilton Mourão, que foi chamado de "louco da cabeça".O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta quinta-feira (20/12) que não permitirá uma mudança da esquerda para a direita em seu país, como ocorreu no Brasil com a eleição de Jair Bolsonaro. Ele também voltou a insultar o vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão, que foi chamado de "louco da cabeça".
"A Venezuela não é o Brasil. Aqui não vai ter um Bolsonaro. Aqui será o povo e o chavismo por muito tempo (...). Bolsonaro aqui não teremos nunca, porque nós construímos a força popular", declarou Maduro durante ato do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).
Maduro também voltou a denunciar um suposto complô dos Estados Unidos para derrubá-lo, que contaria com o apoio de Brasil e Colômbia. Na sequência, ele disse que o general Mourão é "louco da cabeça" por ter afirmando que o governo chavista está chegando ao fim e defendido "eleições normais" na Venezuela.
"Aqui lhe espero, com milhões de homens e mulheres e com as Forças Armadas (...). Aqui lhe espero, Mourão, venha pessoalmente", desafiou Maduro em discurso.
Maduro inicia no próximo dia 10 de janeiro um segundo mandato, de seis anos, após ser reeleito em votação boicotada pela oposição e denunciada por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.
Na semana passada, Maduro já havia chamado Mourão de "louco” e "covarde"e afirmado que o conselheiro de segurança da Casa Branca, John Bolton, estaria preparando, em conjunto com a Colômbia, um plano para assassiná-lo. Maduro também afirmou que os americanos teriam envolvido o Brasil em uma conspiração para desestabilizar a Venezuela.
Segundo Maduro, Bolton teria atribuído a Bolsonaro algumas missões que fariam parte deste plano durante a visita realizada pelo assessor ao presidente eleito, no Rio de Janeiro, em novembro.
A parte de Bolsonaro no complô, disse Maduro, seria realizar "provocações militares" na fronteira entre Brasil e Venezuela.
A Venezuela vive há anos uma profunda crise econômica do seu modelo socialista, que vem gerando hiperinflação, fome e a fuga de centenas de milhares de venezuelanos do país. Com a decadência econômica e social, o governo chavista tem apelado cada vez mais para acusações contra agentes externos e denunciado supostas conspirações.
Um dia após sua vitória eleitoral, em outubro, Bolsonaro descartou uma eventual intervenção militar na Venezuela, apesar das "sérias dificuldades" causadas pela "ditadura" de Maduro.
A pressão diplomática contra Maduro por parte de países vizinhos como Brasil e Colômbia vem aumentando diante da chegada de milhares de imigrantes venezuelanos que fogem da crise econômica em seu país.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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"A Venezuela não é o Brasil. Aqui não vai ter um Bolsonaro. Aqui será o povo e o chavismo por muito tempo (...). Bolsonaro aqui não teremos nunca, porque nós construímos a força popular", declarou Maduro durante ato do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).
Maduro também voltou a denunciar um suposto complô dos Estados Unidos para derrubá-lo, que contaria com o apoio de Brasil e Colômbia. Na sequência, ele disse que o general Mourão é "louco da cabeça" por ter afirmando que o governo chavista está chegando ao fim e defendido "eleições normais" na Venezuela.
"Aqui lhe espero, com milhões de homens e mulheres e com as Forças Armadas (...). Aqui lhe espero, Mourão, venha pessoalmente", desafiou Maduro em discurso.
Maduro inicia no próximo dia 10 de janeiro um segundo mandato, de seis anos, após ser reeleito em votação boicotada pela oposição e denunciada por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.
Na semana passada, Maduro já havia chamado Mourão de "louco” e "covarde"e afirmado que o conselheiro de segurança da Casa Branca, John Bolton, estaria preparando, em conjunto com a Colômbia, um plano para assassiná-lo. Maduro também afirmou que os americanos teriam envolvido o Brasil em uma conspiração para desestabilizar a Venezuela.
Segundo Maduro, Bolton teria atribuído a Bolsonaro algumas missões que fariam parte deste plano durante a visita realizada pelo assessor ao presidente eleito, no Rio de Janeiro, em novembro.
A parte de Bolsonaro no complô, disse Maduro, seria realizar "provocações militares" na fronteira entre Brasil e Venezuela.
A Venezuela vive há anos uma profunda crise econômica do seu modelo socialista, que vem gerando hiperinflação, fome e a fuga de centenas de milhares de venezuelanos do país. Com a decadência econômica e social, o governo chavista tem apelado cada vez mais para acusações contra agentes externos e denunciado supostas conspirações.
Um dia após sua vitória eleitoral, em outubro, Bolsonaro descartou uma eventual intervenção militar na Venezuela, apesar das "sérias dificuldades" causadas pela "ditadura" de Maduro.
A pressão diplomática contra Maduro por parte de países vizinhos como Brasil e Colômbia vem aumentando diante da chegada de milhares de imigrantes venezuelanos que fogem da crise econômica em seu país.
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