Empresa alemã atestou que barragem "era estável"
Sediada em Munique, certificadora TÜV SÜD havia inspecionado no final de setembro de 2018 estrutura que rompeu em Brumadinho. "Nenhum dano foi encontrado", diz porta-voz.A barragem da mineradora Vale que rompeu na sexta-feira (25/01) em Brumadinho havia sido atestada como estável pela certificadora alemã TÜV SÜD em junho e setembro de 2018. O rompimento da barragem de 86 metros de altura e 720 de cumprimento liberou 13 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba e arrasou instalações da mineradora e parte de uma comunidade da cidade. O número de mortos já alcançava 34 no início da noite de sábado. O número de desparecidos é estimado em 299.
Com sede em Munique, a TÜV SÜD tem 23 mil funcionários pelo mundo e é especializada na realização de trabalhos de auditoria, inspeção e testes, consultoria e certificação. As origens da empresa remontam à década de 1860, quando indústrias alemãs decidiram formar uma entidade independente para avaliar a segurança de suas instalações. As áreas de atuação da empresa incluem desde a inspeção de dutos e minas até a análise de alimentos e próteses mamárias.
No Brasil, a empresa conta com 500 empregados, além de três escritórios e um laboratório. As operações são concentradas em São Paulo. A área de engenharia geotécnica da empresa no Brasil atua especialmente no gerenciamento de áreas contaminadas e no desenvolvimento de projetos para a desativação de ativos de mineração, como barragens de rejeitos.
Segundo o presidente a Vale, a TÜV SÜD havia inspecionado a Barragem I da mina Córrego do Feijão – que rompeu na sexta-feira – em 13 de junho e 26 de setembro do ano passado como parte dos processos de Revisão Periódica de Segurança de Barragens e Inspeção Regular de Segurança de Barragens. Além de atestar a estabilidade da estrutura, a certificadora, segundo a Vale, apontou que a barragem apresentava baixo risco.
Oficialmente, a barragem não recebia novos rejeitos há três anos e estava em processo de desativação. A estrutura foi construída em 1976 pela antiga mineradora Ferteco Mineração, que já foi a terceira maior companhia produtora de minério de ferro do Brasil e pertenceu ao grupo alemão ThyssenKrupp. A barragem e a mina passaram para a Vale em 2001, quando a Ferteco foi vendida.
Contatada para comentar sobre o rompimento da barragem e seu papel na avaliação da estabilidade da estrutura, um porta-voz TÜV SÜD confirmou que a empresa realizou essa inspeção e afirmou que "segundo os elementos em seu conhecimento até o momento, nenhum dano foi encontrado”. O porta-voz também afirmou que pretende disponibilizar para as autoridades documentos que venham a ser exigidos pelas autoridades responsáveis pelas investigações, mas não deu maiores detalhes sobre os métodos de inspeção da empresa.
JPS/afp/rt/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Com sede em Munique, a TÜV SÜD tem 23 mil funcionários pelo mundo e é especializada na realização de trabalhos de auditoria, inspeção e testes, consultoria e certificação. As origens da empresa remontam à década de 1860, quando indústrias alemãs decidiram formar uma entidade independente para avaliar a segurança de suas instalações. As áreas de atuação da empresa incluem desde a inspeção de dutos e minas até a análise de alimentos e próteses mamárias.
No Brasil, a empresa conta com 500 empregados, além de três escritórios e um laboratório. As operações são concentradas em São Paulo. A área de engenharia geotécnica da empresa no Brasil atua especialmente no gerenciamento de áreas contaminadas e no desenvolvimento de projetos para a desativação de ativos de mineração, como barragens de rejeitos.
Segundo o presidente a Vale, a TÜV SÜD havia inspecionado a Barragem I da mina Córrego do Feijão – que rompeu na sexta-feira – em 13 de junho e 26 de setembro do ano passado como parte dos processos de Revisão Periódica de Segurança de Barragens e Inspeção Regular de Segurança de Barragens. Além de atestar a estabilidade da estrutura, a certificadora, segundo a Vale, apontou que a barragem apresentava baixo risco.
Oficialmente, a barragem não recebia novos rejeitos há três anos e estava em processo de desativação. A estrutura foi construída em 1976 pela antiga mineradora Ferteco Mineração, que já foi a terceira maior companhia produtora de minério de ferro do Brasil e pertenceu ao grupo alemão ThyssenKrupp. A barragem e a mina passaram para a Vale em 2001, quando a Ferteco foi vendida.
Contatada para comentar sobre o rompimento da barragem e seu papel na avaliação da estabilidade da estrutura, um porta-voz TÜV SÜD confirmou que a empresa realizou essa inspeção e afirmou que "segundo os elementos em seu conhecimento até o momento, nenhum dano foi encontrado”. O porta-voz também afirmou que pretende disponibilizar para as autoridades documentos que venham a ser exigidos pelas autoridades responsáveis pelas investigações, mas não deu maiores detalhes sobre os métodos de inspeção da empresa.
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