Rainha Elizabeth lamenta tragédia em Brumadinho

Em mensagem ao presidente Bolsonaro, monarca diz que "seus pensamentos e orações" estão com aqueles que perderam entes queridos no rompimento da barragem em Minas Gerais. A rainha Elizabeth 2ª enviou nesta quinta-feira (31) uma mensagem de pesar ao presidente Jair Bolsonaro sobre a tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais.
No texto, que foi divulgado pelo site oficial da família real britânica, a rainha disse que ela e seu marido, o príncipe Philip, "estão profundamente tristes" por casa "devastação" e "perda de vidas" em Brumadinho.
"O príncipe Philip e eu ficamos profundamente tristes em tomar conhecimento da devastação e perda de vidas causadas pela barragem que se rompeu em Brumadinho. Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles que perderam entes queridos e aqueles cujos lares e meios de subsistência foram afetados", diz a mensagem.
O último balanço da Defesa Civil aponta que 99 corpos foram encontrados. Destes, 57 foram identificados. Outras 257 pessoas seguem desparecidas. Nesta quinta-feira, as buscas entraram no sétimo. As autoridades avaliam que a chance de encontrar sobreviventes é mínima.
A barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, rompeu na sexta-feira, liberando quase 12 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos minerais e deixando um rastro de destruição em instalações da Vale e numa comunidade de Brumadinho. A lama e os rejeitos também atingiram o rio Paraopeba.
Segundo a Vale, a barragem havia sido inspecionada pela certificadora alemã TÜV-Süd em junho e setembro de 2018, ocasião em que foi atestada como estável. Na terça-feira, foram presos dois engenheiros da firma alemã que atestaram a estabilidade e três funcionários da Vale responsáveis pela mina e seu licenciamento. A Vale ainda teve 12,6 bilhões de reais bloqueados em uma série de decisões da Justiça.
Oficialmente, a barragem que rompeu não recebia novos rejeitos há três anos e estava em processo de desativação. A estrutura foi construída em 1976 pela antiga mineradora Ferteco Mineração, que já foi a terceira maior companhia produtora de minério de ferro do Brasil e pertenceu ao grupo alemão ThyssenKrupp. A barragem e a mina passaram para a Vale em 2001, quando a Ferteco foi vendida.
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