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Companhia oferece a passageiros do Costa Allegra reembolso do valor da passagem

Em Roma

01/03/2012 16h01

 A companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio Costa Allegra, que ficou à deriva na segunda-feira no oceano Índico após um incêndio, ofereceu diferentes compensações aos passageiros da embarcação, entre as quais o reembolso do valor da passagem.

Segundo informou nesta quinta-feira a Costa Cruzeiros mediante um comunicado, serão oferecidas três compensações aos 70% dos 627 passageiros que ficaram no arquipélago das Seychelles para continuar com suas férias e uma outra para os 30% restantes, que decidiram retornar imediatamente para suas casas.

A compensação comum oferecida a todos os passageiros inclui o reembolso total da passagem do cruzeiro e as despesas de viagem associadas.

Para os que decidiram voltar a seus países com voos organizados pela companhia e, portanto, recusaram a possibilidade de permanecer com as despesas pagas por uma ou duas semanas nas Seychelles, foi oferecido ainda um vale do mesmo valor do bilhete do Costa Allegra para ser utilizado em qualquer cruzeiro da empresa que parta nos próximos dois anos.

A companhia, indica o comunicado, está "sinceramente descontente pelos transtornos causados a seus convidados, mas feliz de tê-los encontrado em boas condições".

O desembarque dos passageiros do Costa Allegra, que chegaram ao meio-dia (hora local) desta quinta-feira à ilha de Mahé, nas Seychelles, e entre os quais há dois brasileiros, foi finalizado em cerca de duas horas, e tanto os turistas como os tripulantes estão em bom estado de saúde, segundo a companhia.

Está previsto que ainda nesta quinta-feira comecem a decolar os voos com os quais serão repatriados os primeiros passageiros do Costa Allegra, que sairão do aeroporto internacional das Seychelles com destino a Paris, Roma/Milão e Viena/Zurique, onde se espera que cheguem nas primeiras horas desta sexta-feira.

O incêndio no Costa Allegra, que teve que ser rebocado até as Seychelles após ficar sem luz a mais de 200 milhas a sudoeste do arquipélago, ocorreu um mês e meio depois do naufrágio do Costa Concordia (também de propriedade da Costa Cruzeiros) em frente à ilha italiana de Giglio, que deixou um balanço de 25 mortos e sete desaparecidos.

Várias associações de consumidores italianas já anunciaram ações legais para exigir indenizações à companhia, incluindo as relativas ao "medo e o estresse" que os passageiros passaram quando foi anunciado o incêndio na sala de máquinas e o corte da eletricidade no meio do oceano Índico.