Obama: torturas da CIA não ajudaram aos esforços dos EUA contra terrorismo
Washington, 9 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que as práticas de tortura da CIA contra suspeitos de terrorismo durante a década passada não ajudaram aos "esforços contra o terrorismo" nem aos interesses de segurança nacional do país.
A Comissão de Inteligência do Senado dos EUA divulgou hoje um relatório sobre as práticas utilizadas pela CIA para interrogar suspeitos de terrorismo entre 2001 e 2009.
Obama disse por meio de um comunicado que o documento revela um "programa preocupante" e deve contribuir para "deixar essas práticas onde pertencem, no passado".
O documento "reforça minha opinião de que estes métodos não apenas foram inconsistentes com nossos valores como nação, mas não serviram aos nossos esforços gerais contra o terrorismo nem aos nossos interesses de segurança nacional", afirmou.
"Além disso, estas técnicas causaram um dano significativo para a imagem dos Estados Unidos no mundo e fizeram com que fosse mais difícil alcançar nossos interesses com nossos aliados e sócios. Por isso, seguirei usando minha autoridade como presidente para garantir que não voltaremos a recorrer nunca a estes métodos", afirmou Obama.
O relatório, publicado hoje após cinco anos de coleta de documentos e investigações, aborda os processos de interrogatório contra suspeitos e membros da Al Qaeda detidos em instalações secretas na Europa e na Ásia nos oito anos posteriores aos atentados de 11 de setembro de 2001.
Segundo o documento, os agentes da CIA atuaram de uma maneira muito "mais brutal" do que relataram aos legisladores e aos americanos. Além disso, seus métodos não foram considerados eficazes.
Obama lembrou que, nos anos posteriores a 11 de setembro, "com medos legítimos sobre mais ataques e com a responsabilidade de prevenir mais perdas catastróficas de vidas, a administração anterior (de George W. Bush) enfrentou decisões angustiantes sobre como combater a Al Qaeda e evitar mais ataques terroristas contra o país".
"Nossa nação fez muitas coisas boas nesses anos, mas também outras que eram contrárias aos nossos valores. Por isso proibi inequivocamente a tortura quando assumi o poder, porque uma de nossas ferramentas mais eficazes na luta contra o terrorismo é nos manter fiéis aos nossos ideais", argumentou.
O presidente disse que sempre apoiou a divulgação do relatório do Comitê do Senado, elaborado pela liderança democrata e que sofreu forte oposição republicana.
"Nenhum país é perfeito. Mas uma das forças que fazem excepcional os Estados Unidos é nossa vontade de confrontar nosso passado abertamente, enfrentar nossas imperfeições, trocá-las e fazer melhor", garantiu Obama, para quem atuar em função dos valores do país "não o torna mais frágil, e sim mais forte".
O presidente ressaltou a "enorme dívida de gratidão que o país deve" à agência de segurança americana, que desde 11 de setembro "trabalhou sem descanso para devastar o núcleo da Al Qaeda, fazer justiça no caso de (Osama) bin Laden, desbaratar organizações terroristas e impedir seus ataques".
"Nossos profissionais de inteligência são patriotas, e estamos mais seguros devido ao seu serviço heroico e aos seus sacrifícios", elogiou.
A Comissão de Inteligência do Senado dos EUA divulgou hoje um relatório sobre as práticas utilizadas pela CIA para interrogar suspeitos de terrorismo entre 2001 e 2009.
Obama disse por meio de um comunicado que o documento revela um "programa preocupante" e deve contribuir para "deixar essas práticas onde pertencem, no passado".
O documento "reforça minha opinião de que estes métodos não apenas foram inconsistentes com nossos valores como nação, mas não serviram aos nossos esforços gerais contra o terrorismo nem aos nossos interesses de segurança nacional", afirmou.
"Além disso, estas técnicas causaram um dano significativo para a imagem dos Estados Unidos no mundo e fizeram com que fosse mais difícil alcançar nossos interesses com nossos aliados e sócios. Por isso, seguirei usando minha autoridade como presidente para garantir que não voltaremos a recorrer nunca a estes métodos", afirmou Obama.
O relatório, publicado hoje após cinco anos de coleta de documentos e investigações, aborda os processos de interrogatório contra suspeitos e membros da Al Qaeda detidos em instalações secretas na Europa e na Ásia nos oito anos posteriores aos atentados de 11 de setembro de 2001.
Segundo o documento, os agentes da CIA atuaram de uma maneira muito "mais brutal" do que relataram aos legisladores e aos americanos. Além disso, seus métodos não foram considerados eficazes.
Obama lembrou que, nos anos posteriores a 11 de setembro, "com medos legítimos sobre mais ataques e com a responsabilidade de prevenir mais perdas catastróficas de vidas, a administração anterior (de George W. Bush) enfrentou decisões angustiantes sobre como combater a Al Qaeda e evitar mais ataques terroristas contra o país".
"Nossa nação fez muitas coisas boas nesses anos, mas também outras que eram contrárias aos nossos valores. Por isso proibi inequivocamente a tortura quando assumi o poder, porque uma de nossas ferramentas mais eficazes na luta contra o terrorismo é nos manter fiéis aos nossos ideais", argumentou.
O presidente disse que sempre apoiou a divulgação do relatório do Comitê do Senado, elaborado pela liderança democrata e que sofreu forte oposição republicana.
"Nenhum país é perfeito. Mas uma das forças que fazem excepcional os Estados Unidos é nossa vontade de confrontar nosso passado abertamente, enfrentar nossas imperfeições, trocá-las e fazer melhor", garantiu Obama, para quem atuar em função dos valores do país "não o torna mais frágil, e sim mais forte".
O presidente ressaltou a "enorme dívida de gratidão que o país deve" à agência de segurança americana, que desde 11 de setembro "trabalhou sem descanso para devastar o núcleo da Al Qaeda, fazer justiça no caso de (Osama) bin Laden, desbaratar organizações terroristas e impedir seus ataques".
"Nossos profissionais de inteligência são patriotas, e estamos mais seguros devido ao seu serviço heroico e aos seus sacrifícios", elogiou.
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