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Bachelet anuncia viagem a região afetada por terremoto no Chile

Em Santiago do Chile

17/09/2015 01h44

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta quarta-feira (16) que viajará nas próximas horas para a região mais afetada pelo terremoto de magnitude 8,4 que sacudiu grande parte do centro e de norte do país e que ocasionou pelo menos oito mortes.

"O Onemi (Escritório Nacional de Emergência) está fazendo o relatório dos danos, nossos dados são parciais e estamos reunindo todas as informações disponíveis para ter uma imagem mais clara", detalhou Bachelet, que não declarou estado de exceção como ocorreu após outros terremotos recentes.

"Estamos avaliando se será necessário o estado de exceção. Até agora, achamos que não. No entanto, será declarada zona de catástrofe, o que nos permitirá oferecer ajuda mais rapidamente", apontou a presidente.

Pessoal das Forças Armadas e da polícia militar chilena estão supervisionando a região afetada com o auxílio de helicópteros para determinar a magnitude dos prejuízos causados pelo abalo sísmico, que afetou, sobretudo, às regiões de Valparaíso, no centro, e Coquimbo, no norte do país.

"As medidas foram tomadas muito rapidamente, o foco foi a proteção das pessoas e a evacuação das áreas litorâneas", detalhou a governante, que acrescentou que essa decisão foi tomada devido ao risco de tsunami.

"As séries de ondulações diminuíram, mas pode haver réplicas, a recomendação é que as pessoas permaneçam nos locais designados até que se diga o contrário", recomendou Bachelet.

A governante chilena anunciou que nesta quinta-feira se deslocará até a região de Coquimbo "para ver quais são as necessidades de apoio".

"Sabemos que há cidades onde há muitas casas que tiveram danos importantes e queremos fazer uma avaliação precisa no terreno", acrescentou a chefe de Estado.

O terremoto aconteceu justo quando milhões de chilenos se preparavam para desfrutar de um fim de semana prolongado devido aos feriados nacionais. Sobre isso, a presidente comentou que as autoridades "avaliarão nesta quinta-feira a pertinência das atividades das festividades nacionais".

Quanto aos recursos para fazer frente aos gastos gerados por esta nova catástrofe, Bachelet detalhou que, assim que tiver certeza sobre a amplitude dos danos, o governo "precisa identificar quanto vai custar para depois pensar de onde serão tirados os recursos".

"A situação econômica não é tão favorável e já tivemos gastos importantes para ajudar afetados por tragédias", assinalou a presidente em referência a outras catástrofes ocorridas no Chile durante o período de ano e meio em que está na presidência do país.

"É uma situação complexa, vamos ver como ajudar as pessoas que necessitam e aqueles que ainda estão em processo de reconstrução".