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Justiça francesa condena "emir branco" suspeito de envolvimento com atentados

Em Paris (França)

25/11/2015 11h30

O imame salafista francês de origem síria Olivier Corel, conhecido como o "emir branco" e relacionado com o suposto narrador do vídeo em que o grupo Estado Islâmico (EI) reivindica os atentados de Paris, foi condenado nesta quarta-feira (25) a seis meses de prisão com sursis por posse de uma arma não registrada.

O Tribunal Correcional de Foix, no sul da França, tomou essa decisão após as forças de segurança terem encontrado uma escopeta de caça, considerada legal, mas cuja posse deve estar registrada, durante uma batida na casa do religioso.

Corel foi condenado a seis meses de prisão com sursis (suspensão condicional da pena em casos previstos pela lei). Ele ficará sob controle judicial, não poderá viajar para fora do país sem autorização por dois anos nem ter qualquer tipo de arma por cinco anos.

O "emir branco" foi preso ontem depois de uma operação policial em sua casa. Seu nome aparece relacionado a vários supostos jihadistas da região de Toulouse, entre eles os irmãos Fabien e Jean-Michel Clain. O primeiro é suspeito de ser o dono da voz reivindicando os recentes atentados em Paris em nome do EI.

O religioso também teve contato com Mohammed Merah, o francês de origem argelina que matou sete pessoas em Toulouse, em 2002. E também com Montauban e seu meio-irmão Sabri Essid, que aparece em um vídeo do EI decapitando um refém na Síria.

Batizado como Al Dandachi, Corel, 69, nasceu na cidade síria de Homs e chegou à França em 1973, obtendo nacionalidade francesa dez anos depois. Ex-líder da Organização de Estudantes Islâmicos da França, próxima à Irmandade Muçulmana, se instalou em 1987 com sua mulher e filhos em Artigat, uma cidade de 600 habitantes a 50 quilômetros de Toulouse.