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Ataque suicida no Afeganistão deixa 16 mortos, entre eles oito civis

22/02/2016 11h33

Cabul, 22 fev (EFE).- Pelo menos 16 pessoas morreram, entre elas oito civis, e outras 11 ficaram feridas em um ataque suicida nesta segunda-feira dos talibãs contra um grupo de policiais na província de Parwan, no leste do Afeganistão, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

O atentado aconteceu por volta das 15h local (7h30, em Brasília), quando um talibã suicida detonou as bombas que levava em sua motocicleta no distrito de Seyagard, disse Wahidullah Sediqi, porta-voz do governador provincial.

As primeiras investigações apontam que os policiais se deslocavam a pé por uma aldeia quando ocorreu a explosão, que deixou sete mortos entre as forças da ordem e na qual também morreu o agressor e vários civis.

"Todos os feridos no ataque foram levados ao hospital provincial de Parwan, enquanto duas vítimas com ferimentos mais graves foram enviadas a Cabul para receber tratamento mais extenso", acrescentou Sediqi.

Os talibãs reivindicaram a autoria do atentado e asseguraram que esteve dirigido contra um "cruel" comandante da Polícia local chamado Mushtaq, que de acordo com os insurgentes morreu na ação junto com vários guarda-costas.

Segundo indicou em comunicado o porta-voz da formação insurgente, Zabiullah Mujahid, o autor utilizou um colete bomba para realizar a ação.

A guerra no Afeganistão, que começou em 2001 com a invasão americana e a derrocada do regime talibã, atravessa um de seus períodos mais violentos, com 3.545 mortos e 7.457 feridos em 2015, o número mais alta desde que começaram a medir-se as vítimas do conflito há sete anos.

Os insurgentes tomaram o controle de várias áreas do Afeganistão nos últimos meses, conseguindo inclusive em setembro tomar temporariamente a cidade nordeste de Kunduz, sua maior conquista militar desde a invasão americana há 14 anos.

O ataque de hoje ocorre na véspera de uma reunião do G4 - Estados Unidos, China, Paquistão e Afeganistão-, na qual esperam fixar uma data para um encontro direto entre o governo de Cabul e os talibãs que reative o diálogo de paz paralisado há quase sete meses.