Parlamento em Tobruk volta a adiar por 5 dias aprovação do governo de união
Trípoli, 23 fev (EFE).- O parlamento de Tobruk decidiu nesta terça-feira adiar de novo a sessão de aprovação do governo de união nacional na Líbia por falta de acordo, informou um deputado à Agência Efe.
"A sessão foi adiada até o próximo domingo por falta de quórum, mas também porque existem diferenças no seio do parlamento entre partidários e opositores a esse governo", explicou o deputado, que preferiu não se identificar.
Outro de seus colegas afirmou que o adiamento está vinculado a situação na cidade de Benghazi, a segunda mais importante do país, cenário desde o fim de semana passado de intensos combates entre as forças leais a Trípoli e o exército fiel a Tobruk.
A metrópole portuária, capital dos rebeldes durante a revolta em 2011 contra a ditadura de Muammar Kadafi, está sob assédio do general Khalifa Hafter, chefe do exército leal a Tobruk, desde maio de 2014.
A ofensiva deixou centenas de milhares de deslocados internos e permitiu que os jihadistas se aproveitassem dessa divisão para tomar o controle de vários bairros desta cidade, antes controlados pelas forças de Trípoli.
O controvertido militar, que participou do golpe de Estado que levou Kadafi ao poder em 1969 e que anos depois se transformou em um de seus principais opositores no exílio, empreendeu uma nova ofensiva fim de semana passado para tentar arrebatar o controle de um de seus portos das forças de Trípoli.
Desde então, Hafter perdeu cerca de 40 soldados nos combates, e os grupos islamitas ligados a Trípoli admitiram dez vítimas mortais.
"Os parlamentares esperam a vitória de Hafter, que ultimamente conseguiu mudanças táticas e apoio logístico de várias partes, entre elas uma força francesa composta de 180 soldados", disse a fonte.
O político considerou que o suposto avanço de Hafter obrigará também os jihadistas do ramo líbio do grupo Estado Islâmico a sair de Benghazi, especialmente do subúrbio de Al Laithi, em poder deles.
"Os partidários de Hafter estão exercendo pressão sobre o Conselho de Deputados - o parlamento de Tobruk - para que mudem a nova formação do governo de união nacional, aproveitando o avanço militar na região", acrescentou.
O novo governo de união nacional foi apresentado no sábado pelo presidente do Conselho Presidencial designado pela ONU, Mohamad Fayez al Sarraj, dez dias depois de o primeiro gabinete fracassar.
Então, Fakhr Bufernah e Muhamad Yunis, designados como ministros de Finanças e de Assuntos para os mártires, os feridos e os desaparecidos, negaram a proposta de Al Sarraj pela presença no gabinete de dois membros do antigo regime que se negaram a condenar a ditadura de Kadafi.
Também existem diferenças sobre a designação do Ministério da Defesa, que uma parte dos deputados em Tobruk quer que recaia em Hafter, ao que igualmente se opõe com igual convicção o governo em Trípoli.
O parlamento de Tobruk advertiu Sarraj que não admitirá mais fracassos e que se não conseguir agora formar gabinete de unidade dará por cancelado o acordo de paz conseguido com a tutela da ONU.
Os extremistas controlam as cidades de Derna, vizinha ao Egito, e de Sirte, seu principal reduto no litoral do Mediterrâneo, e conseguiram estabelecer pontes em localidades do oeste como Sabrata, a meio caminho entre a capital e a fronteira com a Tunísia.
"A sessão foi adiada até o próximo domingo por falta de quórum, mas também porque existem diferenças no seio do parlamento entre partidários e opositores a esse governo", explicou o deputado, que preferiu não se identificar.
Outro de seus colegas afirmou que o adiamento está vinculado a situação na cidade de Benghazi, a segunda mais importante do país, cenário desde o fim de semana passado de intensos combates entre as forças leais a Trípoli e o exército fiel a Tobruk.
A metrópole portuária, capital dos rebeldes durante a revolta em 2011 contra a ditadura de Muammar Kadafi, está sob assédio do general Khalifa Hafter, chefe do exército leal a Tobruk, desde maio de 2014.
A ofensiva deixou centenas de milhares de deslocados internos e permitiu que os jihadistas se aproveitassem dessa divisão para tomar o controle de vários bairros desta cidade, antes controlados pelas forças de Trípoli.
O controvertido militar, que participou do golpe de Estado que levou Kadafi ao poder em 1969 e que anos depois se transformou em um de seus principais opositores no exílio, empreendeu uma nova ofensiva fim de semana passado para tentar arrebatar o controle de um de seus portos das forças de Trípoli.
Desde então, Hafter perdeu cerca de 40 soldados nos combates, e os grupos islamitas ligados a Trípoli admitiram dez vítimas mortais.
"Os parlamentares esperam a vitória de Hafter, que ultimamente conseguiu mudanças táticas e apoio logístico de várias partes, entre elas uma força francesa composta de 180 soldados", disse a fonte.
O político considerou que o suposto avanço de Hafter obrigará também os jihadistas do ramo líbio do grupo Estado Islâmico a sair de Benghazi, especialmente do subúrbio de Al Laithi, em poder deles.
"Os partidários de Hafter estão exercendo pressão sobre o Conselho de Deputados - o parlamento de Tobruk - para que mudem a nova formação do governo de união nacional, aproveitando o avanço militar na região", acrescentou.
O novo governo de união nacional foi apresentado no sábado pelo presidente do Conselho Presidencial designado pela ONU, Mohamad Fayez al Sarraj, dez dias depois de o primeiro gabinete fracassar.
Então, Fakhr Bufernah e Muhamad Yunis, designados como ministros de Finanças e de Assuntos para os mártires, os feridos e os desaparecidos, negaram a proposta de Al Sarraj pela presença no gabinete de dois membros do antigo regime que se negaram a condenar a ditadura de Kadafi.
Também existem diferenças sobre a designação do Ministério da Defesa, que uma parte dos deputados em Tobruk quer que recaia em Hafter, ao que igualmente se opõe com igual convicção o governo em Trípoli.
O parlamento de Tobruk advertiu Sarraj que não admitirá mais fracassos e que se não conseguir agora formar gabinete de unidade dará por cancelado o acordo de paz conseguido com a tutela da ONU.
Os extremistas controlam as cidades de Derna, vizinha ao Egito, e de Sirte, seu principal reduto no litoral do Mediterrâneo, e conseguiram estabelecer pontes em localidades do oeste como Sabrata, a meio caminho entre a capital e a fronteira com a Tunísia.
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