Rússia desiste de resgate de mineiros soterrados; 36 morreram
O governo russo confirmou neste domingo (28) a morte dos 26 mineiros que estavam presos em uma mina de carvão no norte do país, onde outros seis operários morreram na madrugada durante a operação fracassada de resgate.
"Há muitos mortos. Não há esperança de que as 26 pessoas que estão na mina estejam vivas. Podemos dizer que as vítimas mortais chegam a 36", disse Arkadi Dvorkovich, vice-primeiro-ministro russo.
Além dos 26 mineiros soterrados e dos seis operários dos serviços de emergências, outros quatro trabalhadores já tinham morrido desde que o acidente aconteceu, na quinta-feira (25).
"Estamos diante de uma grave tragédia para a Rússia e para nosso setor do carvão", ressaltou Dvorkovich.
Previamente, o ministro para Situações de Emergência, Vladimir Puchkov, já informou que "os dados mostram que na região subterrânea onde estão os 26 mineiros há altas temperaturas e não há oxigênio".
Ele acrescentou que "o epicentro da última explosão de gás metano aconteceu exatamente no setor" onde os mineiros estavam bloqueados desde quinta-feira na mina "Severnaya" da cidade de Vorkuta, república de República Autônoma dos Komi.
Segundo a direção da companhia Vorkutaugol, proprietária da mina, devido às explosões ocorridas, aos desabamentos e aos incêndios na mina "não há ninguém com vida".
Além disso, ressaltou que, de toda forma, neste momento é impossível seguir os trabalhos de resgate, já que seria muito perigoso devido à possibilidade de haver novas explosões.
Os seis operários que participavam dos trabalhos de resgate perderam a vida devido a terceira explosão de gás metano ocorrida nesta madrugada na exploração, que está dentro do círculo polar ártico.
No total, segundo fontes oficiais, no momento do acidente 110 mineiros estavam na mina, dos quais 80 foram resgatados com vida.
Embora o governo tenha pedido para não haver precipitação na hora de tirar conclusões, as versões preliminares apontam que não se tratou nem de um problema técnico nem de uma falha humana.
Após o acidente, Dvorkovich destacou que a mina "Severnaya" "tinha sido catalogada como perigosa por seu conteúdo de metano", mas afirmou que a companhia não violou os regulamentos de exploração.
A mina "Severnaya", resultado da fusão das antigas minas Nº5 e Nº7 da bacia de Vorkuta, era explorada desde 1966.
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