Vídeo mostra soldado de Israel executando palestino ferido após ataque
Um vídeo divulgado pela ONG B'Tselem, defensora dos direitos humanos em Israel, mostra um soldado do país dando um tiro na cabeça de um palestino, ferido no chão, após ter atacado um militar israelense perto de um posto de controle na cidade de Hebron, na Cisjordânia, nesta quinta-feira (24).
Segundo a imprensa local, dois jovens palestinos identificados como Abed Fatah al Sharid e Ramzi Al Qasrawi foram mortos a tiros pelos militares no bairro de Tel Rumeida, após tentarem esfaquear um soldado israelense, que sofreu ferimentos leves e moderados.
O vídeo, gravado por um voluntário da B'Tselem, mostra o que parecem ser momentos depois do ataque. Um dos agressores, já baleado pelas forças de segurança, está estendido no chão. Uma ambulância próxima, que atendia o soldado ferido, deixa o local do ataque e passa perto do corpo.
Apesar de estar caído no chão, o palestino parece ainda estar vivo. Então, um soldado israelense se aproxima e o executa com um tiro na cabeça. Logo depois, é possível ver um rastro de sangue saindo da região atingida pelo disparo.
O fato ocorre na presença de vários soldados, oficiais e membros dos serviços de emergência, que parecem não se importar com a ação do militar de Israel. De acordo com o jornal "Haaretz", uma voz ouvida no vídeo diz: "Esse terrorista ainda está vivo, esse cachorro".
Além disso, os soldados e os médicos aparecem na gravação atendendo apenas o militar esfaqueado, enquanto ignoram a situação dos dois palestinos, gravemente feridos após terem sido baleados.
De acordo com a ONG A-Sharif, também de Israel, o palestino caído no solo ainda estava vivo quando foi atingido pelo disparo.
O Exército de Israel informou que o soldado que aparece no vídeo executando o agressor foi suspenso e que abriu uma investigação para averiguar o incidente. O caso tinha sido aberto antes mesmo da divulgação do vídeo, baseado em um relato do comandante da operação, disse uma porta-voz militar.
O responsável do Departamento de Imprensa do Exército de Israel, coronel Peter Lerner, indicou que o órgão "vê esse incidente como uma grave violação dos valores de conduta e das operações militares".
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