Abdeslam diz que não organizou ataques de Paris em depoimento à polícia belga
Paris, 25 mar (EFE).- O único autor com vida dos atentados de Paris em novembro do ano passado, Salah Abdeslam afirmou à polícia da Bélgica que não participou da organização desses ataques, colocando a culpa em seu irmão, Brahim, e em Abdelhamid Abaadoud, revelou nesta sexta-feira a emissora francesa "BFMTV".
Em depoimento, Abdeslam disse que desistiu de forma voluntária de detonar seu colete de explosivos perto do Stade de France, como em princípio estava previsto. Após ter deixado seus três companheiros - que completaram suas missões - perto do estádio, pegou o metrô e entrou em contato com outro terrorista foragido, Mohammed Abrini.
Os especialistas alertam que a versão de Abdeslam está repleta de inconsistências e mentiras, e seria muito pouco confiável para tentar reconstruir o ocorrido.
Abdeslam, considerado como o responsável logístico dos atentados, disse que alugou os carros e reservou os quartos de hotel a pedido de seu irmão (que suicidou após detonar um colete de explosivos dentro de um café no centro de Paris). Também era Ibrahim quem fornecia dinheiro para a operação.
Apesar disso, Abdeslam afirmou que Abaadoud, morto pela polícia francesa cinco dias depois dos ataques, era o chefe da célula. Os dois mal se conheciam, segundo Abdeslam, já que só tinha se visto "uma única vez". Os investigadores indicaram que essa é uma das mentiras de sua confissão, já que ambos foram condenados juntos por um crime comum em 2010.
Abdeslam, que pediu para ser extraditado à França, também mentiu ao dizer que não reconhecia Najim Laachraoui em uma fotografia. Três dias depois do depoimento, Laachraoui detonou uma mala lotada de explosivos no aeroporto de Bruxelas, um dos ataques ocorridos na última terça-feira na Bélgica.
No entanto, em 2015, o próprio Abdeslam viajou à Hungria para buscar Laachraoui e levá-lo até a Bélgica, de acordo com o registro do controle de fronteiras entre Áustria e Hungria.
Em depoimento, Abdeslam disse que desistiu de forma voluntária de detonar seu colete de explosivos perto do Stade de France, como em princípio estava previsto. Após ter deixado seus três companheiros - que completaram suas missões - perto do estádio, pegou o metrô e entrou em contato com outro terrorista foragido, Mohammed Abrini.
Os especialistas alertam que a versão de Abdeslam está repleta de inconsistências e mentiras, e seria muito pouco confiável para tentar reconstruir o ocorrido.
Abdeslam, considerado como o responsável logístico dos atentados, disse que alugou os carros e reservou os quartos de hotel a pedido de seu irmão (que suicidou após detonar um colete de explosivos dentro de um café no centro de Paris). Também era Ibrahim quem fornecia dinheiro para a operação.
Apesar disso, Abdeslam afirmou que Abaadoud, morto pela polícia francesa cinco dias depois dos ataques, era o chefe da célula. Os dois mal se conheciam, segundo Abdeslam, já que só tinha se visto "uma única vez". Os investigadores indicaram que essa é uma das mentiras de sua confissão, já que ambos foram condenados juntos por um crime comum em 2010.
Abdeslam, que pediu para ser extraditado à França, também mentiu ao dizer que não reconhecia Najim Laachraoui em uma fotografia. Três dias depois do depoimento, Laachraoui detonou uma mala lotada de explosivos no aeroporto de Bruxelas, um dos ataques ocorridos na última terça-feira na Bélgica.
No entanto, em 2015, o próprio Abdeslam viajou à Hungria para buscar Laachraoui e levá-lo até a Bélgica, de acordo com o registro do controle de fronteiras entre Áustria e Hungria.
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