Japão executa 2 réus condenados à morte
Tóquio, 25 mar (EFE).- O Japão enforcou nesta sexta-feira dois condenados à morte, um homem e uma mulher, o que eleva para 16 o total de execuções assinadas pelo governo do atual primeiro-ministro, o conservador Shinzo Abe, informou o Ministério da Justiça japonês.
As últimas execuções no país, que é o único industrializado, ao lado dos Estados Unidos, que mantém a pena de morte, tinham acontecido em dezembro, quando dois homens foram enforcados por assassinatos múltiplos cometidos em 2006 e 2009.
Os executados de hoje são Yasutoshi Kamata, um homem de 75 anos condenado pelos assassinatos de quatro mulheres e de uma menina de 9 anos na província de Osaka, no oeste do país, cometidos entre 1985 e 1994.
O tribunal considerou provado que Kamata estrangulou todas as vítimas para ficar com o dinheiro das mesmas e que sequestrou e, posteriormente, assassinou a menina após pedir o pagamento de um resgate por sua vida.
A outra pessoa executada hoje é Junko Yoshida, uma ex-enfermeira de 56 anos que foi condenada à morte em 2010 pelo assassinato de dois homens em Kurume, na ilha de Kyushu, no sudoeste do país.
Nesse caso, a Justiça japonesa considerou provado que Yoshida orquestrou com a ajuda de outras três colegas de trabalho os assassinatos de dois dos maridos destas últimas para que todas dividissem o dinheiro de seus respectivos seguros de vida. A ex-enfermeira injetou primeiro um sonífero nas vítimas e depois ar nas veias para simular um infarto.
As execuções de Kamata e Yoshida aconteceram nos centros de detenção de Osaka, no oeste do Japão, e Fukuoka, no sudoeste do país, respectivamente.
"Manter este sistema é desumano e cruel e define o Japão como um país que ignora os direitos humanos. É lamentável que as execuções sejam realizadas quando o país, que pretende ter peso na comunidade internacional, está a ponto de ser anfitrião em maio da cúpula do G7", explicou à Agência Efe um porta-voz da ONG Anistia Internacional do Japão.
O país asiático utiliza a forca como método de pena de morte e os condenados só são notificados que serão executados algumas horas antes, algo que é duramente criticado pelas ONGs, que denunciam a carga psicológica que os condenados têm que suportar, já que muitos deles passam décadas reclusos e isolados, sem saber quando será aplicada a pena.
As organizações humanitárias também pressionam regularmente o governo japonês a abolir a pena capital, mas o Executivo insiste que este debate não é necessário já que as execuções contam com apoio majoritário da população, pois, segundo as últimas pesquisas de opinião, 80% dos japoneses são favoráveis à pena de morte.
As últimas execuções no país, que é o único industrializado, ao lado dos Estados Unidos, que mantém a pena de morte, tinham acontecido em dezembro, quando dois homens foram enforcados por assassinatos múltiplos cometidos em 2006 e 2009.
Os executados de hoje são Yasutoshi Kamata, um homem de 75 anos condenado pelos assassinatos de quatro mulheres e de uma menina de 9 anos na província de Osaka, no oeste do país, cometidos entre 1985 e 1994.
O tribunal considerou provado que Kamata estrangulou todas as vítimas para ficar com o dinheiro das mesmas e que sequestrou e, posteriormente, assassinou a menina após pedir o pagamento de um resgate por sua vida.
A outra pessoa executada hoje é Junko Yoshida, uma ex-enfermeira de 56 anos que foi condenada à morte em 2010 pelo assassinato de dois homens em Kurume, na ilha de Kyushu, no sudoeste do país.
Nesse caso, a Justiça japonesa considerou provado que Yoshida orquestrou com a ajuda de outras três colegas de trabalho os assassinatos de dois dos maridos destas últimas para que todas dividissem o dinheiro de seus respectivos seguros de vida. A ex-enfermeira injetou primeiro um sonífero nas vítimas e depois ar nas veias para simular um infarto.
As execuções de Kamata e Yoshida aconteceram nos centros de detenção de Osaka, no oeste do Japão, e Fukuoka, no sudoeste do país, respectivamente.
"Manter este sistema é desumano e cruel e define o Japão como um país que ignora os direitos humanos. É lamentável que as execuções sejam realizadas quando o país, que pretende ter peso na comunidade internacional, está a ponto de ser anfitrião em maio da cúpula do G7", explicou à Agência Efe um porta-voz da ONG Anistia Internacional do Japão.
O país asiático utiliza a forca como método de pena de morte e os condenados só são notificados que serão executados algumas horas antes, algo que é duramente criticado pelas ONGs, que denunciam a carga psicológica que os condenados têm que suportar, já que muitos deles passam décadas reclusos e isolados, sem saber quando será aplicada a pena.
As organizações humanitárias também pressionam regularmente o governo japonês a abolir a pena capital, mas o Executivo insiste que este debate não é necessário já que as execuções contam com apoio majoritário da população, pois, segundo as últimas pesquisas de opinião, 80% dos japoneses são favoráveis à pena de morte.
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