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Vídeos e artigos do EI louvam atentados e renovam ameaças contra Ocidente

27/03/2016 11h58

Cairo, 27 mar (EFE).- Vídeos e artigos divulgados na internet nos últimos dias pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) louvam os atentados de Bruxelas e renovam as ameaças contra os países-membros da coalizão, liderada pelos Estados Unidos, que bombardeia bases da organização no Iraque e na Síria.

Um vídeo publicado pela filial do EI na cidade de Al Raqqa, principal reduto dos extremistas na Síria, mostra um terrorista chamado de Abu Hanifa al Baljiki (Abu Hanifa, o belga) assassinando um homem não identificado, classificado como "espião".

"Vamos continuar matando em suas casas, mataremos os seus espiões", afirma Al Baljiki antes de atirar no homem, vestido, como é habitual nas vítimas dos carrascos do EI, com um macacão laranja.

Na mesma gravação, Al Baljiki mostra a vida cotidiana da população em Al Raqqa. "Olhem como são felizes os muçulmanos apesar dos bombardeios", diz o jihadista antes de fazer uma nova ameaça.

"Igual vocês deixam nossas mulheres viúvas, nós deixaremos as suas. Igual vocês matam nossos filhos, nós mataremos os seus".

Em outro vídeo, intitulado "Humilhação dos cruzados da Europa", a filial do EI na província de Ninawa, no Iraque, mostra imagens dos momentos posteriores aos atentados de Bruxelas.

"Hoje saboreamos essa vingança. Após Nova York e os atentados de Paris, hoje anunciamos o novo 11 de setembro.", afirma em francês o terrorista para depois citar uma declaração do ex-líder da Al Qaeda Osama bin Laden. "Vocês, os americanos, assim como sua coalizão, nunca dormirão tranquilos até que o povo palestino possa viver em completa segurança e serenidade. Já não aceitamos mais viver humilhados", completou.

No mesmo vídeo, outro extremista ameaça: "O sangue correrá nas suas ruas, onde vocês verão mais entes queridos morrerem diante de seus olhos". Para evitar esse extremo, ele dá conselhos. "Atuai contra seus governantes que lhes trazem o caos, digam a eles que retirem seus aviões e soldados, e viverão em paz".

Além dos vídeos, dezenas de artigos e mensagens nas redes sociais publicadas por supostos jihadistas ameaçaram nos últimos dias os países da coalizão. Algumas delas anunciaram que os próximos ataques serão realizados em Londres.