Conselho de Segurança da ONU insiste em "tolerância zero" a abusos sexuais
Nações Unidas, 31 mar (EFE).- O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a falar nesta quinta-feira em "tolerância zero" frente aos abusos sexuais cometidos por boinas azuis e pediu uma "investigação urgente" das últimas denúncias na República Centro-Africana.
"Os responsáveis deveriam prestar contas", afirmou o embaixador de Angola perante a ONU, Ismael Abraão Gaspar Martins, cujo país presidiu o Conselho de Segurança das Nações Unidas neste mês.
A declaração do embaixador como presidente rotativo aconteceu depois que a ONU confirmou novas denúncias de abusos sexuais na República Centro-Africana cometidos entre 2013 e 2015, que se somam a outros casos já divulgados. As datas exatas e a quantidade de pessoas afetadas não foram informadas, mas a ONU assinalou que a "grande maioria" é menor de idade, e disse que funcionários das Nações Unidas já realizaram 108 entrevistas com pessoas vinculadas a estas denúncias.
De acordo com o embaixador angolano, o tema foi analisado na sessão de hoje do Conselho de Segurança. Ele lembrou que o órgão aprovou em 11 de março uma resolução que fixa a "tolerância zero" frente a esses abusos sexuais e avaliou positivamente a decisão do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de dar "rápida resposta" perante estas denúncias e enviar uma equipe de investigação à região.
Martins não informou o total de novas denúncias, mas disse que há um número não determinado de menores vítimas destes abusos, o que torna "mais sério ainda" o caso.
"Quando falamos de 'tolerância zero' falamos sério, especialmente quando falamos de crianças", insistiu.
A ONU confirmou que as denúncias afetam soldados das forças de manutenção da paz das Nações Unidas de contingentes apresentados pelo Burundi e pelo Gabão, mas também há outras forças dependentes da ONU, assim como grupos armados locais.
A entidade recebeu no ano passado um total de 99 denúncias de abusos sexuais, a maioria dos casos por operações de paz na República Democrática do Congo (RDC) e a República Centro-Africana. EFE
ag/cdr
"Os responsáveis deveriam prestar contas", afirmou o embaixador de Angola perante a ONU, Ismael Abraão Gaspar Martins, cujo país presidiu o Conselho de Segurança das Nações Unidas neste mês.
A declaração do embaixador como presidente rotativo aconteceu depois que a ONU confirmou novas denúncias de abusos sexuais na República Centro-Africana cometidos entre 2013 e 2015, que se somam a outros casos já divulgados. As datas exatas e a quantidade de pessoas afetadas não foram informadas, mas a ONU assinalou que a "grande maioria" é menor de idade, e disse que funcionários das Nações Unidas já realizaram 108 entrevistas com pessoas vinculadas a estas denúncias.
De acordo com o embaixador angolano, o tema foi analisado na sessão de hoje do Conselho de Segurança. Ele lembrou que o órgão aprovou em 11 de março uma resolução que fixa a "tolerância zero" frente a esses abusos sexuais e avaliou positivamente a decisão do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de dar "rápida resposta" perante estas denúncias e enviar uma equipe de investigação à região.
Martins não informou o total de novas denúncias, mas disse que há um número não determinado de menores vítimas destes abusos, o que torna "mais sério ainda" o caso.
"Quando falamos de 'tolerância zero' falamos sério, especialmente quando falamos de crianças", insistiu.
A ONU confirmou que as denúncias afetam soldados das forças de manutenção da paz das Nações Unidas de contingentes apresentados pelo Burundi e pelo Gabão, mas também há outras forças dependentes da ONU, assim como grupos armados locais.
A entidade recebeu no ano passado um total de 99 denúncias de abusos sexuais, a maioria dos casos por operações de paz na República Democrática do Congo (RDC) e a República Centro-Africana. EFE
ag/cdr
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.