Topo

Manifestação no Cairo lembra vítimas da queda do avião da EgyptAir

26/05/2016 17h21

Cairo, 26 mai (EFE).- Funcionários da companhia aérea egípcia EgyptAir e dezenas de cidadãos marcharam nesta quinta-feira no Cairo em homenagem às 66 pessoas que morreram na queda de um avião no Mar Mediterrâneo há uma semana por causas ainda desconhecidas.

A passeata, que percorreu centenas de metros no bairro cairota de Zamalek, foi liderada por comissários de bordo e pilotos, além de funcionários que levaram um grande estandarte da EgyptAir.

Por sua parte, os demais participantes marcharam com a bandeira vermelha, branca e preta do Egito.

Todos os presentes - entre eles o ministro de Aviação Civil egípcio, Sharif Fathi - levaram flores e cartazes em lembrança dos 56 passageiros, sete membros da tripulação e três agentes de segurança que morreram quando o Airbus A-320 caiu no mar, cerca de 300 quilômetros ao norte do litoral mediterrâneo egípcio.

Entre fortes medidas de segurança e uma ampla presença de veículos de comunicação, a passeata chegou ao jardim da Ópera do Cairo, onde as autoridades realizaram um ato em honra das vítimas, que se transformou em uma manifestação patriótica de apoio à EgyptAir e ao governo.

"Esta é uma tragédia para EgyptAir e para todo o país porque é a companhia (aérea) nacional", disse à Agência Efe Hoda, uma aeromoça que mostrou seu respeito aos companheiros e passageiros falecidos, vestida com seu uniforme.

"Estamos sofrendo as consequências, como funcionários da EgyptAir e como pessoas, estamos muito afetados", completou a jovem, garantindo que voar a bordo de aeronaves egípcias é seguro e que ela não teme por sua vida.

Perante as dúvidas que surgiram em torno da companhia estatal depois do incidente, muitos funcionários da empresa, assim como cidadãos egípcios, quiseram mostrar seu apoio à empresa e defender a qualidade de seus serviços.

O embaixador da França no Cairo, André Parant, pronunciou um breve discurso e expressou suas condolências a todas as vítimas (15 delas de nacionalidade francesa) e seu respaldo a EgyptAir e seus empregados.

Enquanto isso, a busca dos corpos segue na água, da mesma forma que a das caixas-pretas do avião.