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SIP condena morte de jornalista brasileiro João Miranda do Carmo

28/07/2016 10h35

Miami (EUA), 28 jul (EFE).- A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta quinta-feira a morte do jornalista brasileiro João Miranda do Carmo, o terceiro no país neste ano, e pediu às autoridades uma investigação rápida para capturar os responsáveis.

O jornalista, de 54 anos, foi morto na noite de domingo em sua casa no município de Santo Antônio do Descoberto, no estado de Goiás, quando vários desconhecidos saíram de um automóvel, o chamaram na entrada do imóvel e, quando o jornalista abriu a porta, foi atingido por disparos à queima-roupa.

O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Claudio Paolillo, pediu às autoridades que "investiguem" o crime e identifiquem os "instigadores e assassinos materiais", para "evitar a impunidade e a falta de justiça nestes casos de violência".

O jornalista, além de pré-candidato a vereador pelo Partido Comunista do Brasil, era proprietário e editor do jornal digital "SAD Sem Censura", no qual publicava "temas policiais, de violência, corrupção política e sobre a gestão e problemas do município".

O enteado do jornalista disse aos meios de comunicação que Carmo tinha recebido várias ameaças de morte, "sempre por causa de sua profissão".

Já a Polícia Militar de Goiás disse que no começo do ano o veículo do jornalista foi incendiado em uma aparente advertência para que deixasse de "falar de certos temas".

No relatório sobre o Brasil, apresentado na reunião semestral de abril, a SIP, com sede em Miami, afirmou que a "liberdade de expressão durante este último período manteve suas características preocupantes, especialmente em relação aos homicídios e agressões".

Neste ano também foram mortos de forma violenta no Brasil João Valdecir de Borba, locutor na emissora "Rádio Difusora AM", no município de São Jorge do Oeste, Paraná, e Manoel Messias Pereira, proprietário do portal notícias "sediverte.com.br", na cidade de Grajaú, no Maranhão.

Um total de 17 jornalistas, incluídos os três brasileiros, morreram de forma violenta na América: nove no México, dois na Guatemala, um na Venezuela, um em El Salvador e um nos Estados Unidos.

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