Nova escola Sandy Hook recebe estudantes 4 anos após o massacre

A nova escola primária Sandy Hook, com o mais avançado sistema de segurança, receberá os estudantes de Newtown, em Connecticut, no início do próximo ano letivo em setembro, quase quatro anos após o massacre que matou 20 crianças e seis adultos.

A instituição de ensino, que ganhou câmeras e janelas à prova de balas, foi construída com um custo de US$ 50 milhões no mesmo terreno, mas não exatamente no local que era ocupado pelo antigo edifício, que foi demolido após a tragédia.

A área onde ficavam os dois salões em que as crianças foram assassinadas agora faz parte do jardim do novo complexo, coberto por madeira em seu exterior.

Um letreiro verde brilhante com a mensagem "seja gentil" foi colocado no pátio, onde também foram plantadas flores e árvores na entrada, que recebe estudantes do materna até o quarto ano.

O velho edifício de tijolo, construído em 1956, foi demolido em 2013, meses depois do massacre, ocorrido em 14 de dezembro de 2012. Nesse dia, o jovem Adam Lanza entrou na escola depois de matar a própria mãe em casa e cometeu o massacre com um fuzil, para depois se matar.

Os estudantes que presenciaram o ocorrido não voltarão a Sandy Hook, pois começarão o quinto ano em outra escola. Apenas aqueles que estavam no maternal e agora cursam o quarto ano retornarão ao local da tragédia.

"É bom que uma nova escola dê as boas-vindas aos estudantes que retornam a Newtown. Mas é um dia triste porque não dá para estar aqui na inauguração sem pensar nos que perderam a vida", disse uma funcionária ao jornal "The New York Times".

A comunidade local foi consultada durante o desenvolvimento do projeto da nova escola, que do lado de fora agora emite cores brilhantes.

"A transição para a nova escola tem que ser a mais perfeita possível", disse o superintendente escolar Newtown, Joseph V. Erardi.

De acordo com o superintendente, as autoridades decidiram mostrar nesta sexta-feira o novo edifício à imprensa e aos moradores para assim poder realizar sem interrupções o ensino e a aprendizagem no primeiro dia de aulas, em setembro.