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Itália decide realizar 2º funeral de Estado em Amatrice após protestos

29/08/2016 11h51

Roma, 29 ago (EFE).- O governo da Itália anunciou nesta segunda-feira que o segundo funeral de Estado pela maioria das vítimas do terremoto de 24 de agosto será realizado amanhã em Amatrice, uma decisão que foi tomada depois dos protestos dos sobreviventes da cidade.

"Os funerais das vítimas do terremoto ocorrerão em Amatrice como pede o prefeito e a cidade. E como é justo!", escreveu o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, em seu perfil no Twitter.

A cerimônia começará amanhã às 16h GMT (13h de Brasília) em Amatrice, uma das localidades mais afetadas pelo terremoto e onde viviam 229 dos 290 mortos na tragédia, segundo o balanço oficial provisório das vítimas oferecido pela Defesa Civil italiana.

O ato seria realizado em Amatrice em um primeiro momento, mas, posteriormente, as autoridades italianas decidiram fazê-lo no aeroporto de Rieti, alegando que ainda havia perigo na região.

As vítimas de Amatrice, no entanto, se mobilizaram para que o funeral acontecesse na cidade.

O funeral de Estado de amanhã será o segundo, depois da cerimônia religiosa ocorrida no dia 27 de agosto pelas 32 vítimas do terremoto, das quais apenas três procediam de Amatrice.

O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, pediu ao governo italiano que não acrescentasse mais sofrimento "a uma população devastada pela dor".

"Neste momento de dor é necessário estar próximo das pessoas e não criar maiores problemas", disse Pirozzi, que acrescentou que "não é possível obrigar um povo a ir para longe de onde vivia sua gente".

Amatrice é uma das localidades mais afetadas pelo terremoto de magnitude 6 na escala Richter que castigou o centro da Itália no dia 24 de agosto.

Além da devastação que afeta essa cidade, outros vilarejos próximos e as estradas que dão acesso a Amatrice sofreram danos que obrigaram as autoridades a interromper a circulação nessas vias, o que dificulta o deslocamento pela região.

Os sobreviventes do terremoto em Amatrice também alegaram que não seria fácil se deslocar até Rieti para comparecer ao funeral de Estado.