Kerry e Lavrov seguem sem acordo sobre Síria apesar de reunião "construtiva"
Nova York, 23 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, mantiveram nesta sexta-feira uma "breve" reunião sobre a Síria que foi "construtiva", mas não produziu avanços suficientes para renovar o cessar-fogo no país árabe, que deixou de vigorar na última segunda-feira.
"O secretário de Estado Kerry conversou hoje de maneira breve e informal com o ministro das Relações Exteriores Lavrov em paralelo à reunião do Quarteto para o Oriente Médio" em Nova York, disse à Agência Efe um alto funcionário do Departamento de Estado, que pediu o anonimato.
"Foi uma conversa construtiva, mas não foi uma reunião formal, e não temos nenhuma proposta a divulgar" para retomar a trégua na Síria, acrescentou a fonte.
O encontro aconteceu um dia depois que Kerry e Lavrov lideraram uma reunião de mais de duas horas do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG, sigla em inglês), que também terminou sem resultados.
Após esse encontro, fontes do Departamento de Estado assinalaram que só haveria uma reunião formal hoje entre Kerry e Lavrov se os russos apresentassem propostas concretas aos americanos, ao assegurar que era preciso algo "bastante extraordinário" para reativar o processo.
Kerry assegurou na quinta-feira que nenhum acordo para um cessar-fogo terá "credibilidade" se não houver um "grande gesto" que mude as coisas no terreno e que, para ele, deve consistir em que os aviões sírios deixem de voar sobre áreas estratégicas da oposição para a passagem de ajuda humanitária.
"Se a Rússia demonstra seriedade, trabalharemos com a oposição para agir de forma recíproca", afirmou Kerry nesta quinta-feira.
As tensões entre EUA e Rússia aumentaram por causa das várias violações registradas durante a semana em que vigorou o cessar-fogo, e a falta de avanços no envio de ajuda humanitária às populações sitiadas.
Mas as críticas entre Kerry e Lavrov se concentraram, sobretudo, no ataque desta segunda-feira contra um comboio humanitário da ONU, no qual morreram cerca de 20 civis.
Os Estados Unidos responsabilizam a Rússia pelo ataque, seja por tê-lo realizado diretamente, ou por ter permitido que tropas sírias o fizessem, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento no fato e exige uma investigação "imparcial".
Depois da reunião com Kerry, Lavrov fez um discurso na Assembleia Geral da ONU, no qual pediu que os acordos sobre a Síria com os EUA continuem vivos, e ressaltou a necessidade de "separar" os grupos terroristas da oposição moderada para que um cessar-fogo possa ter sucesso.
"Agora é essencial evitar a destruição destes acordos", disse Lavrov, que reconheceu que o recente bombardeio americano sobre tropas sírias e o ataque registrado contra um comboio humanitário "atrapalham" esses entendimentos.
O exército sírio iniciou nesta quinta-feira uma nova ofensiva sobre Aleppo, com bombardeios sírios e russos que deixaram mais de 70 mortos e dezenas de feridos, segundo a Defesa Civil Síria, um grupo de voluntários que desenvolve trabalhos de resgate.
"O secretário de Estado Kerry conversou hoje de maneira breve e informal com o ministro das Relações Exteriores Lavrov em paralelo à reunião do Quarteto para o Oriente Médio" em Nova York, disse à Agência Efe um alto funcionário do Departamento de Estado, que pediu o anonimato.
"Foi uma conversa construtiva, mas não foi uma reunião formal, e não temos nenhuma proposta a divulgar" para retomar a trégua na Síria, acrescentou a fonte.
O encontro aconteceu um dia depois que Kerry e Lavrov lideraram uma reunião de mais de duas horas do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG, sigla em inglês), que também terminou sem resultados.
Após esse encontro, fontes do Departamento de Estado assinalaram que só haveria uma reunião formal hoje entre Kerry e Lavrov se os russos apresentassem propostas concretas aos americanos, ao assegurar que era preciso algo "bastante extraordinário" para reativar o processo.
Kerry assegurou na quinta-feira que nenhum acordo para um cessar-fogo terá "credibilidade" se não houver um "grande gesto" que mude as coisas no terreno e que, para ele, deve consistir em que os aviões sírios deixem de voar sobre áreas estratégicas da oposição para a passagem de ajuda humanitária.
"Se a Rússia demonstra seriedade, trabalharemos com a oposição para agir de forma recíproca", afirmou Kerry nesta quinta-feira.
As tensões entre EUA e Rússia aumentaram por causa das várias violações registradas durante a semana em que vigorou o cessar-fogo, e a falta de avanços no envio de ajuda humanitária às populações sitiadas.
Mas as críticas entre Kerry e Lavrov se concentraram, sobretudo, no ataque desta segunda-feira contra um comboio humanitário da ONU, no qual morreram cerca de 20 civis.
Os Estados Unidos responsabilizam a Rússia pelo ataque, seja por tê-lo realizado diretamente, ou por ter permitido que tropas sírias o fizessem, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento no fato e exige uma investigação "imparcial".
Depois da reunião com Kerry, Lavrov fez um discurso na Assembleia Geral da ONU, no qual pediu que os acordos sobre a Síria com os EUA continuem vivos, e ressaltou a necessidade de "separar" os grupos terroristas da oposição moderada para que um cessar-fogo possa ter sucesso.
"Agora é essencial evitar a destruição destes acordos", disse Lavrov, que reconheceu que o recente bombardeio americano sobre tropas sírias e o ataque registrado contra um comboio humanitário "atrapalham" esses entendimentos.
O exército sírio iniciou nesta quinta-feira uma nova ofensiva sobre Aleppo, com bombardeios sírios e russos que deixaram mais de 70 mortos e dezenas de feridos, segundo a Defesa Civil Síria, um grupo de voluntários que desenvolve trabalhos de resgate.
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