Ban diz que hoje foi um "dia negro" após ataques em Aleppo, na Síria
Nações Unidas, 24 set (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se mostrou "consternado" neste sábado com os ataques ocorridos nas últimas horas na cidade de Aleppo, no norte da Síria, e disse que hoje é um "dia negro" nos compromissos para a proteção da vida dos civis.
Cerca de 50 pessoas morreram hoje nos ataques contra vários bairros do leste de Aleppo por parte das forças aéreas síria e russa, que se somam às dezenas de mortes que houve nesta sexta-feira pela ofensiva militar contra essa cidade, cuja zona leste é controlada pela oposição.
Em declaração distribuída por seu escritório de imprensa, Ban disse que está "consternado pela apavorante escalada militar" em Aleppo, "que enfrenta o bombardeio mais constante e intenso desde o início do conflito sírio".
A condenação de Ban, em termos especialmente duros, aconteceu pouco depois de o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, ter discursado na Assembleia Geral da ONU para justificar as ações militares do regime de Damasco.
Em sua mensagem, o secretário-geral da ONU denuncia que, desde o anúncio feito pelo exército sírio há dois dias sobre sua ofensiva para conquistar a zona leste de Aleppo, "houve relatos repetidos de ataques aéreos envolvendo o uso de armas incendiárias".
Segundo Ban, também foram utilizadas munições avançadas tecnologicamente e bombas para danificar bunkers.
"O secretário-geral da ONU ressalta que o aparente uso deste tipo de armas indiscriminadas em áreas densamente povoadas pode equivaler a crimes de guerra", acrescentou Ban.
Embora o secretário-geral da ONU não tenha apontado responsabilidades específicas, organizações de direitos humanos sírias acusaram aviões sírios e russos de serem os responsáveis pelos ataques contra Aleppo nas últimas horas.
"O secretário-geral considera que é um dia negro para o compromisso global de proteção dos civis", disse Ban em sua mensagem.
"A comunidade internacional tem que se unir para enviar uma mensagem clara de que não tolerará o uso de indiscriminado de armas cada vez mais potentes e letais contra os civis", declarou o secretário-geral da ONU.
O conflito sírio ocupou boa parte das reuniões paralelas que foram realizadas nos últimos dias em Nova York, coincidindo com o debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU, que será encerrado na segunda-feira.
Estados Unidos e Rússia não conseguiram avançar em sua intenção de ampliar o cessar-fogo na Síria, que vigorou até a última segunda-feira, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Moscou devido às últimas ações armadas no país árabe.
Na abertura da Assembleia Geral, na última terça-feira, Ban Ki-moon refletiu a frustração da ONU por não conseguir avançar na solução pacífica do conflito sírio e dirigiu suas críticas especificamente contra o regime de Bashar al Assad.
"Muitos grupos mataram muitos inocentes, mas nenhum mais que o governo da Síria, que segue lançando barris com explosivos em bairros e que sistematicamente tortura milhares de detidos", afirmou Ban.
Cerca de 50 pessoas morreram hoje nos ataques contra vários bairros do leste de Aleppo por parte das forças aéreas síria e russa, que se somam às dezenas de mortes que houve nesta sexta-feira pela ofensiva militar contra essa cidade, cuja zona leste é controlada pela oposição.
Em declaração distribuída por seu escritório de imprensa, Ban disse que está "consternado pela apavorante escalada militar" em Aleppo, "que enfrenta o bombardeio mais constante e intenso desde o início do conflito sírio".
A condenação de Ban, em termos especialmente duros, aconteceu pouco depois de o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, ter discursado na Assembleia Geral da ONU para justificar as ações militares do regime de Damasco.
Em sua mensagem, o secretário-geral da ONU denuncia que, desde o anúncio feito pelo exército sírio há dois dias sobre sua ofensiva para conquistar a zona leste de Aleppo, "houve relatos repetidos de ataques aéreos envolvendo o uso de armas incendiárias".
Segundo Ban, também foram utilizadas munições avançadas tecnologicamente e bombas para danificar bunkers.
"O secretário-geral da ONU ressalta que o aparente uso deste tipo de armas indiscriminadas em áreas densamente povoadas pode equivaler a crimes de guerra", acrescentou Ban.
Embora o secretário-geral da ONU não tenha apontado responsabilidades específicas, organizações de direitos humanos sírias acusaram aviões sírios e russos de serem os responsáveis pelos ataques contra Aleppo nas últimas horas.
"O secretário-geral considera que é um dia negro para o compromisso global de proteção dos civis", disse Ban em sua mensagem.
"A comunidade internacional tem que se unir para enviar uma mensagem clara de que não tolerará o uso de indiscriminado de armas cada vez mais potentes e letais contra os civis", declarou o secretário-geral da ONU.
O conflito sírio ocupou boa parte das reuniões paralelas que foram realizadas nos últimos dias em Nova York, coincidindo com o debate de alto nível da Assembleia Geral da ONU, que será encerrado na segunda-feira.
Estados Unidos e Rússia não conseguiram avançar em sua intenção de ampliar o cessar-fogo na Síria, que vigorou até a última segunda-feira, em meio ao aumento das tensões entre Washington e Moscou devido às últimas ações armadas no país árabe.
Na abertura da Assembleia Geral, na última terça-feira, Ban Ki-moon refletiu a frustração da ONU por não conseguir avançar na solução pacífica do conflito sírio e dirigiu suas críticas especificamente contra o regime de Bashar al Assad.
"Muitos grupos mataram muitos inocentes, mas nenhum mais que o governo da Síria, que segue lançando barris com explosivos em bairros e que sistematicamente tortura milhares de detidos", afirmou Ban.
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