ONU compara situação em hospitais atacados no norte da Síria com matadouro
Nações Unidas, 28 set (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou nesta quarta-feira os últimos ataques contra hospitais na cidade de Aleppo, no norte da Síria, e assegurou que a situação em "um matadouro é inclusive mais humana" do que nas instalações médicas bombardeadas.
"Imaginem a destruição. Pessoas com suas extremidades arrebentadas. Crianças com dores terríveis e sem alívio. Infectadas. Sofrendo. Morrendo sem nenhum lugar para onde ir e sem um final à vista", disse Ban em reunião do Conselho de Segurança.
O secretário-geral falou em um debate sobre a proliferação de ataques contra instalações e pessoal de saúde nas guerras, que já estava previsto de antemão, mas que acontece em um momento no qual foram veiculadas informações sobre o bombardeio contra dois hospitais em Aleppo nas últimas horas.
O chefe das Nações Unidas ressaltou que aqueles que estão desenvolvendo esses ataques na Síria "sabem exatamente o que estão fazendo" e têm consciência de que "estão cometendo crimes de guerra".
"Imaginem um matadouro. O que está acontecendo é pior. Um matadouro é inclusive mais humano. Hospitais, clínicas, ambulâncias e pessoal médico em Aleppo estão sob ataque, sem trégua", denunciou Ban.
O diplomata sul-coreano lembrou que, segundo dados de uma ONG, 95% dos profissionais de saúde que estavam em Aleppo antes da guerra fugiram, foram detidos ou morreram.
"Esta é uma guerra contra os profissionais de saúde da Síria", ressaltou o secretário-geral da ONU.
Ban pediu ação ao Conselho de Segurança e que o mesmo garanta que sejam cobradas as responsabilidades dos culpados.
"A lei internacional é clara: profissionais, instalações e transportes médicos devem ser protegidos. Os feridos e doentes - civis e combatentes - devem ser salvos. Os ataques deliberados contra hospitais são crimes de guerra", lembrou o diplomata.
O Conselho de Segurança aprovou em maio uma resolução exigindo garantias de proteção para hospitais e profissionais de saúde em zonas de guerra diante do aumento de ataques deste tipo em conflitos na Síria, mas também em outros lugares, como Iêmen e Afeganistão.
O exército sírio, com apoio da aviação russa, retomou na última quinta-feira uma ofensiva contra as áreas em poder dos rebeldes, localizadas no leste de Aleppo.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou hoje que, desde a sexta-feira, pelo menos 96 crianças morreram e outros 223 ficaram feridas nessa região.
"Imaginem a destruição. Pessoas com suas extremidades arrebentadas. Crianças com dores terríveis e sem alívio. Infectadas. Sofrendo. Morrendo sem nenhum lugar para onde ir e sem um final à vista", disse Ban em reunião do Conselho de Segurança.
O secretário-geral falou em um debate sobre a proliferação de ataques contra instalações e pessoal de saúde nas guerras, que já estava previsto de antemão, mas que acontece em um momento no qual foram veiculadas informações sobre o bombardeio contra dois hospitais em Aleppo nas últimas horas.
O chefe das Nações Unidas ressaltou que aqueles que estão desenvolvendo esses ataques na Síria "sabem exatamente o que estão fazendo" e têm consciência de que "estão cometendo crimes de guerra".
"Imaginem um matadouro. O que está acontecendo é pior. Um matadouro é inclusive mais humano. Hospitais, clínicas, ambulâncias e pessoal médico em Aleppo estão sob ataque, sem trégua", denunciou Ban.
O diplomata sul-coreano lembrou que, segundo dados de uma ONG, 95% dos profissionais de saúde que estavam em Aleppo antes da guerra fugiram, foram detidos ou morreram.
"Esta é uma guerra contra os profissionais de saúde da Síria", ressaltou o secretário-geral da ONU.
Ban pediu ação ao Conselho de Segurança e que o mesmo garanta que sejam cobradas as responsabilidades dos culpados.
"A lei internacional é clara: profissionais, instalações e transportes médicos devem ser protegidos. Os feridos e doentes - civis e combatentes - devem ser salvos. Os ataques deliberados contra hospitais são crimes de guerra", lembrou o diplomata.
O Conselho de Segurança aprovou em maio uma resolução exigindo garantias de proteção para hospitais e profissionais de saúde em zonas de guerra diante do aumento de ataques deste tipo em conflitos na Síria, mas também em outros lugares, como Iêmen e Afeganistão.
O exército sírio, com apoio da aviação russa, retomou na última quinta-feira uma ofensiva contra as áreas em poder dos rebeldes, localizadas no leste de Aleppo.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou hoje que, desde a sexta-feira, pelo menos 96 crianças morreram e outros 223 ficaram feridas nessa região.
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