EUA mantêm no ar ameaça de cortar diálogo com Rússia sobre Síria
Washington, 30 set (EFE).- Dois dias depois de garantir que suspenderia a cooperação com a Rússia no tocante à Síria se o governo de Vladimir Putin não agisse "imediatamente" para deter a ofensiva em Aleppo, os Estados Unidos ainda não cumpriram a ameaça, mas estão "muito perto" disso, indicou nesta sexta-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner.
"Estamos no mesmo ponto (que ontem). Não fechamos definitivamente essa porta, não suspendemos nossas relações diplomáticas com a Rússia no relativo à Síria, mas estamos a ponto de fazer isso", disse Toner em sua entrevista coletiva diária.
Os Estados Unidos poderiam tomar essa decisão "nos próximos dias ou horas", porque acreditam cada vez mais que é "mais inútil continuar em processo diplomático" administrado junto à Rússia para pôr fim à guerra civil de quase cinco anos na Síria, acrescentou Toner.
"Se o padrão atual continuar se repetindo e não virmos nenhum esforço em nenhum sentido para melhorar Aleppo, nos afastaremos (do diálogo com a Rússia). Mas ainda existe algum sinal de que há certos passos que poderiam ser tomados", indicou.
O secretário de Estado americano, John Kerry, voltou a conversar hoje por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, porque, segundo o porta-voz, ele ainda acredita que é possível continuar esse contato. No entanto, Toner negou que suspender a cooperação bilateral seja uma ameaça vazia e ressaltou que os Estados Unidos "nunca fariam uma declaração assim se não estivessem decididos a cumpri-la".
Após uma semana de trégua acertada por Estados Unidos e Rússia, em 22 de setembro, o Exército sírio, apoiado pela aviação russa, retomou sua ofensiva em Aleppo, onde - segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) - pelo menos 320 civis morreram, sendo mais de 100 crianças.
A ONU pediu hoje o estabelecimento de, pelo menos, tréguas humanitárias semanais de 48 horas para ajudar à população de Aleppo, mas a tensão entre Estados Unidos e Rússia, fiadores de anteriores acordos de cessar-fogo faz com que isso seja difícil.
A Rússia, por sua vez, acusou os Estados Unidos hoje de evitar atacar as posições na Síria do grupo extremista Frente al Nusra (Frente da Conquista do Levante) a fim de "conservá-lo por via das dúvidas, para um 'plano B' ou para uma segunda etapa, quando for o momento de mudar o regime" sírio, nas palavras de Lavrov.
Toner qualificou de "absurda" a ideia e ressaltou que o único motivo pelo qual os Estados Unidos não puderam separar do todo à oposição síria dos terroristas é porque não houve "tempo suficiente" para implementar o acordo com a Rússia para esse fim antes de retomar a ofensiva sobre Aleppo.
"Estamos no mesmo ponto (que ontem). Não fechamos definitivamente essa porta, não suspendemos nossas relações diplomáticas com a Rússia no relativo à Síria, mas estamos a ponto de fazer isso", disse Toner em sua entrevista coletiva diária.
Os Estados Unidos poderiam tomar essa decisão "nos próximos dias ou horas", porque acreditam cada vez mais que é "mais inútil continuar em processo diplomático" administrado junto à Rússia para pôr fim à guerra civil de quase cinco anos na Síria, acrescentou Toner.
"Se o padrão atual continuar se repetindo e não virmos nenhum esforço em nenhum sentido para melhorar Aleppo, nos afastaremos (do diálogo com a Rússia). Mas ainda existe algum sinal de que há certos passos que poderiam ser tomados", indicou.
O secretário de Estado americano, John Kerry, voltou a conversar hoje por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, porque, segundo o porta-voz, ele ainda acredita que é possível continuar esse contato. No entanto, Toner negou que suspender a cooperação bilateral seja uma ameaça vazia e ressaltou que os Estados Unidos "nunca fariam uma declaração assim se não estivessem decididos a cumpri-la".
Após uma semana de trégua acertada por Estados Unidos e Rússia, em 22 de setembro, o Exército sírio, apoiado pela aviação russa, retomou sua ofensiva em Aleppo, onde - segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) - pelo menos 320 civis morreram, sendo mais de 100 crianças.
A ONU pediu hoje o estabelecimento de, pelo menos, tréguas humanitárias semanais de 48 horas para ajudar à população de Aleppo, mas a tensão entre Estados Unidos e Rússia, fiadores de anteriores acordos de cessar-fogo faz com que isso seja difícil.
A Rússia, por sua vez, acusou os Estados Unidos hoje de evitar atacar as posições na Síria do grupo extremista Frente al Nusra (Frente da Conquista do Levante) a fim de "conservá-lo por via das dúvidas, para um 'plano B' ou para uma segunda etapa, quando for o momento de mudar o regime" sírio, nas palavras de Lavrov.
Toner qualificou de "absurda" a ideia e ressaltou que o único motivo pelo qual os Estados Unidos não puderam separar do todo à oposição síria dos terroristas é porque não houve "tempo suficiente" para implementar o acordo com a Rússia para esse fim antes de retomar a ofensiva sobre Aleppo.
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