Emir do Kuwait dissolve parlamento do país
O emir do Kuwait, Sabah al Ahmed al-Sabah, emitiu neste domingo (16) um decreto para dissolver o parlamento do país, após participar de um conselho extraordinário de ministros, informou a agência estatal de notícias "Kuna"
De acordo com esse meio, a dissolução do parlamento kuwaitiano se deve às "delicadas circunstâncias regionais e aos eventos resultantes", o que abre o caminho para a convocação de novas eleições em um prazo de dois meses.
O mesmo veículo de informação indicou que o emir emitiu o decreto após obter a aprovação do conselho de ministros para a dissolução da câmara.
De acordo com o artigo 107 da Constituição kuwatiana, o emir pode dissolver a assembleia oferecendo um motivo para isso, mas esse mesmo motivo não pode ser repetido para dissolver a câmara em outra ocasião.
Além disso, a Carta Magna estabelece que as eleições legislativas devem ocorrer nos dois meses posteriores à dissolução do parlamento.
A atual câmara de 50 cadeiras foi escolhida em julho de 2013, durante o boicote da oposição, e estava previsto que as eleições para renová-la aconteceriam em 2017.
O presidente da câmara, Marzuq al Ghanem, declarou ontem à noite à televisão local "Al Rai" que ele mesmo, assim como muitos deputados, estão de acordo sobre a necessidade de convocar eleições antecipadas.
Ghanem explicou que o próximo período será "excepcional" e "crucial", pois o país enfrentará grandes desafios de segurança e econômicos, assim como desafios internos e externos, e o parlamento não pode fazê-lo "sem uma equipe governamental nova".
"Devido aos muitos desafios (existentes), qual é o problema de voltar às urnas?", se perguntou o presidente da câmara kuwatiana, cuja dissolução não é pouco comum.
As desavenças no denominado Conselho da Nação e as crises governamentais são uma constante neste rico emirado petroleiro, considerado o mais democrático do Golfo Pérsico.
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