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Filho de Benjamin Netanyahu também será interrogado por caso de corrupção

12/01/2017 21h06

Jerusalém, 12 jan (EFE).- O filho do primeiro-ministro de Israel, Yair Netanyahu, também será interrogado nos próximos dias dentro das investigações por corrupção nas quais está implicado seu pai, Benjamin Netanyahu, informou nesta quinta-feira o site do jornal "Times of Israel".

A polícia, que interrogou seu pai em duas ocasiões na semana passada e a sua mãe Sara Netanyahu ontem, se centrará no caso de recepção de presentes e favores de empresários, acrescentou a emissora nacional "Channel 2".

Sara Netnayahu reconheceu ter recebido caras garrafas de champanhe do produtor de Hollywood e empresário Arnon Milchan, mas disse que eram presentes normais entre amigos e que a família Netanyahu também tinha presenteado o magnata.

Ao longo de oito anos, Milchan gastou cerca de 125.000 euros em luxuosos presentes, segundo o jornal "Maariv", em algumas ocasiões a pedido dos assistentes do primeiro-ministro.

O "Channel 2" detalhou que a mulher do primeiro-ministro perdeu a paciência e houve gritos entre ela e os investigadores durante o interrogatório que se desenvolveu nos escritórios da União Nacional de Investigações de Fraude em Lod, no centro do país.

Yair também está vinculado com uma segunda investigação, o "Caso 2000", na qual o primeiro-ministro supostamente negociou com Arnon Mozes, dono do jornal "Yedioth Ahronoth", a melhora da cobertura de sua pessoa em troca de legislações para controlar a distribuição de seu concorrente, o "Israel Hayom".

A polícia teria conseguido acesso a gravações nas quais ambos discutem a troca de favores.

Sobre este segundo assunto, também foi interrogado o ministro de Turismo, Yariv Levin, do partido Likud, no início desta semana, segundo informou hoje o jornal "Maariv".

Além disso, a expectativa é que a polícia israelense possa interrogar os deputados - inclusive a ministra da Justiça, Ayelet Shaked - que participaram da redação de um projeto de lei para proibir a distribuição gratuita do "Israel Hayom", financiado pelo milionário americano Sheldon Adelson e principal rival do jornal de Mozes.

A legislação passou por uma leitura preliminar no parlamento no final de 2014 e acabou sendo arquivada.

Os veículos de comunicação israelenses asseguram que os membros do Likud já estão cogitando diferentes cenários perante a possibilidade que o primeiro-ministro se veja obrigado a renunciar. EFE

lfp/rsd