Governo afegão denuncia escalada de violência em fronteira com Paquistão
Cabul, 20 fev (EFE).- O Afeganistão denunciou nesta segunda-feira uma escalada de violência na fronteira com o Paquistão, depois que o exército informou que 450 supostos ataques com morteiro foram realizados a partir do território do país vizinho após o atentado da última quinta-feira, que causou mais de 80 mortos no sul paquistanês.
O chefe do governo afegão, Abdullah Abdullah, disse em reunião televisionada do Conselho de Ministros em Cabul que o "aumento" da violência na fronteira "preocupa" os dois países e afasta "uma solução lógica".
"A solução lógica do problema é uma cooperação honesta e o uso de ameaças não dará resultados", garantiu Abdullah, depois que o Paquistão decidiu fechar na quinta-feira as passagens da fronteira compartilhada por "motivos de segurança" e deu início, segundo Cabul, aos disparos de morteiros.
O chefe do governo afegão acrescentou que o Executivo pediu a suas tropas que "não tomassem nenhuma ação que pudesse representar um aumento da tensão nos dois lados da Linha Durand", que marca a fronteira entre Paquistão e Afeganistão depois do acordo entre britânicos e afegãos no século XIX, que não é reconhecido na atualidade pelas autoridades afegãs.
O Paquistão lançou na sexta-feira uma operação em áreas fronteiriças após acusar o Afeganistão de dar cobertura a terroristas que atacam o país, uma acusação que as autoridades afegãs e da Índia fazem habitualmente contra Islamabad.
"O Afeganistão nunca foi o lugar de origem ou criador de grupos terroristas", comentou hoje o chefe do Executivo, em clara referência a essa acusação.
Nesse sentido, Abdullah explicou que os grupos terroristas que Islamabad denuncia que estão escondidos em território afegão "operam com o apoio dos talibãs e estão assentados em áreas sob controle talibã", que, segundo as acusações de Cabul, têm apoio do Paquistão.
"Necessitamos destruir (primeiro) os talibãs se queremos destruir outros grupos", ressaltou o chefe do Executivo em uma clara referência à suposta política do Paquistão de apoiar certos grupos, como os talibãs, enquanto enfrenta outros insurgentes.
As províncias afegãs de Nangarhar e Kunar, no leste do país, foram, segundo as autoridades locais, alvo durante o fim de semana de ataques com morteiro que provocaram o deslocamento de centenas de famílias e a morte de pelo menos dois civis.
Em Kunar, centenas de pessoas se manifestaram hoje contra o lançamento de morteiros por parte do Paquistão.
"É uma agressão contra o nosso território, pedimos ao Paquistão que ponha fim a estas agressões", disse à Agência Efe um dos organizadores do protesto, Jamaludin Sayar, que acrescentou que, se o governo afegão falhar nas negociações, deveria optar por uma resposta armada, uma alternativa para a qual estão preparados em Kunar.
O chefe do governo afegão, Abdullah Abdullah, disse em reunião televisionada do Conselho de Ministros em Cabul que o "aumento" da violência na fronteira "preocupa" os dois países e afasta "uma solução lógica".
"A solução lógica do problema é uma cooperação honesta e o uso de ameaças não dará resultados", garantiu Abdullah, depois que o Paquistão decidiu fechar na quinta-feira as passagens da fronteira compartilhada por "motivos de segurança" e deu início, segundo Cabul, aos disparos de morteiros.
O chefe do governo afegão acrescentou que o Executivo pediu a suas tropas que "não tomassem nenhuma ação que pudesse representar um aumento da tensão nos dois lados da Linha Durand", que marca a fronteira entre Paquistão e Afeganistão depois do acordo entre britânicos e afegãos no século XIX, que não é reconhecido na atualidade pelas autoridades afegãs.
O Paquistão lançou na sexta-feira uma operação em áreas fronteiriças após acusar o Afeganistão de dar cobertura a terroristas que atacam o país, uma acusação que as autoridades afegãs e da Índia fazem habitualmente contra Islamabad.
"O Afeganistão nunca foi o lugar de origem ou criador de grupos terroristas", comentou hoje o chefe do Executivo, em clara referência a essa acusação.
Nesse sentido, Abdullah explicou que os grupos terroristas que Islamabad denuncia que estão escondidos em território afegão "operam com o apoio dos talibãs e estão assentados em áreas sob controle talibã", que, segundo as acusações de Cabul, têm apoio do Paquistão.
"Necessitamos destruir (primeiro) os talibãs se queremos destruir outros grupos", ressaltou o chefe do Executivo em uma clara referência à suposta política do Paquistão de apoiar certos grupos, como os talibãs, enquanto enfrenta outros insurgentes.
As províncias afegãs de Nangarhar e Kunar, no leste do país, foram, segundo as autoridades locais, alvo durante o fim de semana de ataques com morteiro que provocaram o deslocamento de centenas de famílias e a morte de pelo menos dois civis.
Em Kunar, centenas de pessoas se manifestaram hoje contra o lançamento de morteiros por parte do Paquistão.
"É uma agressão contra o nosso território, pedimos ao Paquistão que ponha fim a estas agressões", disse à Agência Efe um dos organizadores do protesto, Jamaludin Sayar, que acrescentou que, se o governo afegão falhar nas negociações, deveria optar por uma resposta armada, uma alternativa para a qual estão preparados em Kunar.
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