Bill Clinton marcará presença no funeral de McGuinness em Derry
Dublin, 23 mar (EFE).- Milhares de pessoas assistirão nesta quinta-feira em Derry ao funeral do ex-vice-ministro principal e líder do Sinn Féin Martin McGuinness, entre eles o ex-presidente americano Bill Clinton e o ex-primeiro-ministro da República da Irlanda, Enda Kenny.
A missa por McGuinness, morto na terça-feira aos 66 anos, será realizada às 14h GMT (11h, em Brasília) na igreja de Saint Columb's de Derry, ao noroeste do Ulster, e também estarão presentes o atual presidente irlandês, Michael D. Higgins, e sua antecessora Mary McAleese.
Além disso, na última hora foi confirmado o comparecimento de Arlene Foster, líder do Partido Democrático Unionista (DUP) e ex-ministra principal, junto a McGuinness, no último governo de Belfast de poder compartilhado entre protestantes e católicos.
Foster será acompanhada de seu correligionário Peter Robinson, que também teve o histórico dirigente nacionalista e ex-comandante do Exército Republicano Irlandês (IRA) como adjunto no Executivo norte-irlandês entre 2008 e 2016.
As autoridades preveem que milhares de pessoas seguirão as exéquias fúnebres desde o bairro católico do "Bogside", palco do "Domingo Sangrento" em 1972, no qual soldados britânicos abriram fogo contra uma manifestação pelos direitos dos católicos e acabaram com a vida de 14 inocentes.
Aquele fato marcou o jovem McGuinness, que chegou a se transformar em líder do IRA e de seu braço político, o Sinn Féin, junto a Gerry Adams, com o qual desenvolveu a estratégia de paz que desembocou na assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa em 1998, texto que pôs fim a quase quatro décadas de sangrento conflito.
Neste sentido, a presença de passados e presentes dirigentes unionistas no reduto católico de "Bogside" é muito significativa, mais ainda quando o governo autônomo está suspenso desde que o próprio McGuinness renunciou ao seu cargo e Londres se viu obrigado a convocar eleições antecipadas em 2 de março.
Os partidos norte-irlandeses interromperão hoje durante horas as conversas que mantêm para negociar a formação de um Executivo de poder compartilhado, cujo prazo termina na próxima segunda-feira.
Uma só cadeira separa agora o DUP do Sinn Féin, mas as profundas diferenças que entre as duas grandes formações norte-irlandesas sugerem que não alcançarão um acordo de governabilidade no prazo previsto, o que poderia levar Londres a oferecer mais tempo de negociação, a convocar novos pleitos ou a suspender indefinidamente a autonomia.
Os republicanos querem que o DUP afaste temporariamente a líder e ex-ministra principal, Arlene Foster, enquanto uma investigação determina seu envolvimento em um escândalo financeiro na política de energias renováveis do anterior Executivo de Belfast.
Este caso provocou a renúncia de McGuinness em janeiro e dias depois anunciou também que abandonava a política ao sofrer com Amiloidose, uma rara doença degenerativa que afetou seu coração.
A missa por McGuinness, morto na terça-feira aos 66 anos, será realizada às 14h GMT (11h, em Brasília) na igreja de Saint Columb's de Derry, ao noroeste do Ulster, e também estarão presentes o atual presidente irlandês, Michael D. Higgins, e sua antecessora Mary McAleese.
Além disso, na última hora foi confirmado o comparecimento de Arlene Foster, líder do Partido Democrático Unionista (DUP) e ex-ministra principal, junto a McGuinness, no último governo de Belfast de poder compartilhado entre protestantes e católicos.
Foster será acompanhada de seu correligionário Peter Robinson, que também teve o histórico dirigente nacionalista e ex-comandante do Exército Republicano Irlandês (IRA) como adjunto no Executivo norte-irlandês entre 2008 e 2016.
As autoridades preveem que milhares de pessoas seguirão as exéquias fúnebres desde o bairro católico do "Bogside", palco do "Domingo Sangrento" em 1972, no qual soldados britânicos abriram fogo contra uma manifestação pelos direitos dos católicos e acabaram com a vida de 14 inocentes.
Aquele fato marcou o jovem McGuinness, que chegou a se transformar em líder do IRA e de seu braço político, o Sinn Féin, junto a Gerry Adams, com o qual desenvolveu a estratégia de paz que desembocou na assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa em 1998, texto que pôs fim a quase quatro décadas de sangrento conflito.
Neste sentido, a presença de passados e presentes dirigentes unionistas no reduto católico de "Bogside" é muito significativa, mais ainda quando o governo autônomo está suspenso desde que o próprio McGuinness renunciou ao seu cargo e Londres se viu obrigado a convocar eleições antecipadas em 2 de março.
Os partidos norte-irlandeses interromperão hoje durante horas as conversas que mantêm para negociar a formação de um Executivo de poder compartilhado, cujo prazo termina na próxima segunda-feira.
Uma só cadeira separa agora o DUP do Sinn Féin, mas as profundas diferenças que entre as duas grandes formações norte-irlandesas sugerem que não alcançarão um acordo de governabilidade no prazo previsto, o que poderia levar Londres a oferecer mais tempo de negociação, a convocar novos pleitos ou a suspender indefinidamente a autonomia.
Os republicanos querem que o DUP afaste temporariamente a líder e ex-ministra principal, Arlene Foster, enquanto uma investigação determina seu envolvimento em um escândalo financeiro na política de energias renováveis do anterior Executivo de Belfast.
Este caso provocou a renúncia de McGuinness em janeiro e dias depois anunciou também que abandonava a política ao sofrer com Amiloidose, uma rara doença degenerativa que afetou seu coração.
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