Ex-deputado russo é morto a tiros no centro de Kiev
Kiev, 23 mar (EFE).- O ex-deputado comunista russo Denis Voronenkov foi assassinado nesta quinta-feira a tiros junto a um hotel no centro de Kiev, informou o chefe da polícia da capital ucraniana, Andrei Krischenko.
Em declarações ao canal de televisão "112.Ukraina", o chefe policial confirmou que a vítima é o ex-deputado comunista, que em dezembro fugiu da Rússia à Ucrânia após ter sido acusado de corrupção pelas autoridades de seu país.
Segundo a polícia, o autor dos disparos foi ferido pelo guarda-costas de Voronenkov, que também foi atingindo no tiroteio.
O fato aconteceu em torno das 11h30 local (6h30, em Brasília) em pleno centro da cidade, quando o ex-deputado russo e seu guarda-costas saíam de um hotel.
O subdiretor da Polícia Nacional da Ucrânia, Aleksandr Vakulenko, apontou para a possibilidade de a Rússia estar envolvida no assassinato, já que o ex-deputado era possuidor de "informação importante".
No último dia 3, a Rússia declarou que o ex-deputado estava busca e captura por diversos crimes financeiros. Ele havia fugido em dezembro para a Ucrânia, onde criticou a anexação russa da península da Crimeia.
Além disso, um tribunal de Moscou ordenou sua detenção à revelia por dois meses a partir do momento que fosse detido em território russo ou extraditado.
A Justiça russa acusou o deputado de fraude, falsificação de documentos e de embolsar entre US$ 1 e 2 milhões pela venda de um edifício de 1,5 mil metros quadrados em Moscou expropriado ilegalmente de seus legítimos proprietários.
Recentemente, Voronenkov provocou um grande escândalo político na Rússia ao conceder uma entrevista em Kiev e anunciar que tinha recebido em dezembro cidadãos ucranianos após não ser reeleito no pleito parlamentar.
O ex-deputado denunciou que o Kremlin falsifica as eleições, tanto as presidenciais como as parlamentares e municipais, e acusou os serviços de segurança de usurpar o poder e controlar a Duma ou Câmara dos Deputados.
Na sua opinião, a Rússia do presidente Vladimir Putin se parece cada vez mais com a Alemanha de Hitler e a atmosfera em seu país de origem é uma "loucura pseudopatriótica".
O ex-deputado disse também que a anexação russa da Crimeia, que apoiou então na Duma, foi um "grande erro", ao qual se opunham muitos dos altos funcionários do Kremlin, e que foi decidida por apenas um homem: o presidente Putin.
Além disso, em meados de fevereiro fez declarações em Kiev contra o derrubado presidente ucraniano Viktor Yanukovich, exilado no sul da Rússia, em um caso de alta traição.
Estas manifestações lhe valeram a qualificação de "traidor" por parte de seus antigos companheiros de partido e de outras formações políticas.
Sua esposa, a famosa soprano do teatro Mariinski de São Petersburgo, Maria Maksakova, também fugiu à Ucrânia com o ex-deputado, após o que foi expulsa do partido do Kremlin, Rússia Unida.
Maksakova, que era solista do teatro Mariinski desde 2011, garantiu que não deve retornar durante um tempo à Rússia por motivos de segurança.
Em declarações ao canal de televisão "112.Ukraina", o chefe policial confirmou que a vítima é o ex-deputado comunista, que em dezembro fugiu da Rússia à Ucrânia após ter sido acusado de corrupção pelas autoridades de seu país.
Segundo a polícia, o autor dos disparos foi ferido pelo guarda-costas de Voronenkov, que também foi atingindo no tiroteio.
O fato aconteceu em torno das 11h30 local (6h30, em Brasília) em pleno centro da cidade, quando o ex-deputado russo e seu guarda-costas saíam de um hotel.
O subdiretor da Polícia Nacional da Ucrânia, Aleksandr Vakulenko, apontou para a possibilidade de a Rússia estar envolvida no assassinato, já que o ex-deputado era possuidor de "informação importante".
No último dia 3, a Rússia declarou que o ex-deputado estava busca e captura por diversos crimes financeiros. Ele havia fugido em dezembro para a Ucrânia, onde criticou a anexação russa da península da Crimeia.
Além disso, um tribunal de Moscou ordenou sua detenção à revelia por dois meses a partir do momento que fosse detido em território russo ou extraditado.
A Justiça russa acusou o deputado de fraude, falsificação de documentos e de embolsar entre US$ 1 e 2 milhões pela venda de um edifício de 1,5 mil metros quadrados em Moscou expropriado ilegalmente de seus legítimos proprietários.
Recentemente, Voronenkov provocou um grande escândalo político na Rússia ao conceder uma entrevista em Kiev e anunciar que tinha recebido em dezembro cidadãos ucranianos após não ser reeleito no pleito parlamentar.
O ex-deputado denunciou que o Kremlin falsifica as eleições, tanto as presidenciais como as parlamentares e municipais, e acusou os serviços de segurança de usurpar o poder e controlar a Duma ou Câmara dos Deputados.
Na sua opinião, a Rússia do presidente Vladimir Putin se parece cada vez mais com a Alemanha de Hitler e a atmosfera em seu país de origem é uma "loucura pseudopatriótica".
O ex-deputado disse também que a anexação russa da Crimeia, que apoiou então na Duma, foi um "grande erro", ao qual se opunham muitos dos altos funcionários do Kremlin, e que foi decidida por apenas um homem: o presidente Putin.
Além disso, em meados de fevereiro fez declarações em Kiev contra o derrubado presidente ucraniano Viktor Yanukovich, exilado no sul da Rússia, em um caso de alta traição.
Estas manifestações lhe valeram a qualificação de "traidor" por parte de seus antigos companheiros de partido e de outras formações políticas.
Sua esposa, a famosa soprano do teatro Mariinski de São Petersburgo, Maria Maksakova, também fugiu à Ucrânia com o ex-deputado, após o que foi expulsa do partido do Kremlin, Rússia Unida.
Maksakova, que era solista do teatro Mariinski desde 2011, garantiu que não deve retornar durante um tempo à Rússia por motivos de segurança.
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