Pai de copiloto da Germanwings denuncia erros na investigação da catástrofe
Berlim, 23 mar (EFE).- O pai de Andreas Lubitz, o copiloto do avião de Germanwings que em 2015 caiu nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, denunciou erros na investigação e negou que seu filho tenha provocado deliberadamente a catástrofe.
"Há claramente muitas coisas que não são apuradas em absoluto, talvez porque não queiram investigá-las", afirmou Günter Lubitz em declarações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal alemão "Der Zeit", na véspera do aniversário de dois anos da tragédia.
O voo 4U9525 da Germanwings, filial de baixo custo da companhia aérea alemã Lufthansa, que tinha decolado em Barcelona no dia 24 de março com destino a Düsseldorf, caiu nos Alpes franceses pela ação deliberada e suicida de seu copiloto, segundo a investigação.
"Nosso filho era uma pessoa muito responsável. Não tinha motivo algum para planejar e cometer suicídio. Menos ainda para causar a morte de 149 inocentes", disse Günter Lutbitz.
O pai do copiloto, que até agora não tinha dado declarações à imprensa, argumenta que não há "nem uma prova fundamentada" de que Andreas tenha "planejado" derrubar o avião e acusa a "imprensa sensacionalista" de ter fabricado uma imagem falsa de seu filho.
Günter anunciou para amanhã uma entrevista coletiva no mesmo horário em que foi registrado o último contato com a aeronave (9h30 GMT, 6h30 de Brasília), na qual apresentará o relatório elaborado pelo jornalista e especialista em aviação Tim van Beveren.
Tal documento se baseia, segundo Lubitz, nas 16 mil páginas das atas das procuradorias de Düsseldorf, que assumiu as investigações na Alemanha, e da chamada Comissão Especial dos Alpes, da França.
De acordo com as conclusões dos dois órgãos, Andreas Lubitz derrubou o avião aproveitando a ausência momentânea do piloto, após trancar a porta de acesso à cabine quando ficou sozinho em seu interior.
Após a tragédia, foi revelado que Andreas tinha passado por 40 consultas médicas nos anos anteriores devido a diversos transtornos psiquiátricos e depressões, tinha tendências suicidas e estava de licença médica no dia da catástrofe, mas tinha ocultado de seus superiores.
No entanto, o pai do copiloto considera que "a tese de assassinato múltiplo planejado não se sustenta".
O fato de a família do copiloto apresentar seu relatório o dia do aniversário da catástrofe foi duramente criticado pelos parentes das vítimas, em sua maioria de nacionalidade alemã e espanhola.
"Não podemos explicar por que Günter Lubitz teve que escolher justamente este momento para sua intervenção", apontou à revista "Der Spiegel" Elmar Giemulla, advogado de um grupo de familiares, que tachou a atitude do pai do copiloto de "provocação".
"Há claramente muitas coisas que não são apuradas em absoluto, talvez porque não queiram investigá-las", afirmou Günter Lubitz em declarações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal alemão "Der Zeit", na véspera do aniversário de dois anos da tragédia.
O voo 4U9525 da Germanwings, filial de baixo custo da companhia aérea alemã Lufthansa, que tinha decolado em Barcelona no dia 24 de março com destino a Düsseldorf, caiu nos Alpes franceses pela ação deliberada e suicida de seu copiloto, segundo a investigação.
"Nosso filho era uma pessoa muito responsável. Não tinha motivo algum para planejar e cometer suicídio. Menos ainda para causar a morte de 149 inocentes", disse Günter Lutbitz.
O pai do copiloto, que até agora não tinha dado declarações à imprensa, argumenta que não há "nem uma prova fundamentada" de que Andreas tenha "planejado" derrubar o avião e acusa a "imprensa sensacionalista" de ter fabricado uma imagem falsa de seu filho.
Günter anunciou para amanhã uma entrevista coletiva no mesmo horário em que foi registrado o último contato com a aeronave (9h30 GMT, 6h30 de Brasília), na qual apresentará o relatório elaborado pelo jornalista e especialista em aviação Tim van Beveren.
Tal documento se baseia, segundo Lubitz, nas 16 mil páginas das atas das procuradorias de Düsseldorf, que assumiu as investigações na Alemanha, e da chamada Comissão Especial dos Alpes, da França.
De acordo com as conclusões dos dois órgãos, Andreas Lubitz derrubou o avião aproveitando a ausência momentânea do piloto, após trancar a porta de acesso à cabine quando ficou sozinho em seu interior.
Após a tragédia, foi revelado que Andreas tinha passado por 40 consultas médicas nos anos anteriores devido a diversos transtornos psiquiátricos e depressões, tinha tendências suicidas e estava de licença médica no dia da catástrofe, mas tinha ocultado de seus superiores.
No entanto, o pai do copiloto considera que "a tese de assassinato múltiplo planejado não se sustenta".
O fato de a família do copiloto apresentar seu relatório o dia do aniversário da catástrofe foi duramente criticado pelos parentes das vítimas, em sua maioria de nacionalidade alemã e espanhola.
"Não podemos explicar por que Günter Lubitz teve que escolher justamente este momento para sua intervenção", apontou à revista "Der Spiegel" Elmar Giemulla, advogado de um grupo de familiares, que tachou a atitude do pai do copiloto de "provocação".
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