Crítico de ex-premiê, deputado eslovaco morre em circunstâncias estranhas
Praga, 26 mar (EFE).- O político eslovaco Frantisek Gaulieder, ex-deputado e afastado do parlamento pelas críticas ao ex-primeiro-ministro Vladimir Meciar, foi encontrado morto no sábado, em circunstâncias estranhas, perto de uma linha de trem.
O jornal "Dennik N" afirmou neste domingo que Gaulieder seria uma das testemunhas na investigação de um caso que, duas décadas depois ainda assombra a vida política eslovaca: o sequestro em meados dos anos 1990 do filho do então presidente, Michal Kovac, que depois foi abandonado bêbado na Áustria.
Essa operação, segundo os críticos de Meciar, que era primeiro-ministro na época, foi pensada para desacreditar Kovac e é atribuída aos serviços de segurança (SIS).
Após assumir interinamente a presidência em 1998, Meciar assinou uma anistia para proteger os suspeitos do sequestro do filho de Kovac, entre eles o chefe do SIS, Ivan Lexa.
Vários políticos eslovacos, entre eles o atual ministro da Cultura, Marek Mandaric, avaliam como revogar a anistia dada por Meciar por considerarem que ela não reuniu todas as garantias legais. Além disso, havia o testemunho de Gaulieder, de 66 anos.
O corpo de Gaulieder foi encontrado próximo a uma ferrovia na cidade de Trnovec nad Vahom, perto de sua casa, que fica a 50 quilômetros de Bratislava, onde o ex-deputado era vereador.
O jornalista e ex-membro do SIS, Peter Toth, disse ao jornal "Pravda" que o corpo de Gaulieder não tinha sinais de atropelamento.
A polícia se limitou a dizer que considera a hipótese de suicídio, segundo o jornal "Bozena Bruchterova".
Gaulieder fez parte, na década de 1990, do Movimento por uma Eslováquia Democrática, partido ultranacionalista que foi liderado por Meciar, que realizou processos de privatização pouco transparentes e colocou o país em um isolamento internacional.
As críticas de abuso de poder contra seus correligionários fizeram Gaulieder deixar o partido. Depois, ele foi obrigado contra sua própria vontade, em um procedimento duvidoso, deixar a carreira parlamentar.
Após ter sido privado de sua vida política, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo deu razão a Gaulieder e determinou que a Eslováquia pagasse uma indenização por danos e prejuízos.
A casa de Gaulieder já tinha sido alvo de um atentado com explosivos e o ex-deputado era frequentemente ameaçado.
O jornal "Dennik N" afirmou neste domingo que Gaulieder seria uma das testemunhas na investigação de um caso que, duas décadas depois ainda assombra a vida política eslovaca: o sequestro em meados dos anos 1990 do filho do então presidente, Michal Kovac, que depois foi abandonado bêbado na Áustria.
Essa operação, segundo os críticos de Meciar, que era primeiro-ministro na época, foi pensada para desacreditar Kovac e é atribuída aos serviços de segurança (SIS).
Após assumir interinamente a presidência em 1998, Meciar assinou uma anistia para proteger os suspeitos do sequestro do filho de Kovac, entre eles o chefe do SIS, Ivan Lexa.
Vários políticos eslovacos, entre eles o atual ministro da Cultura, Marek Mandaric, avaliam como revogar a anistia dada por Meciar por considerarem que ela não reuniu todas as garantias legais. Além disso, havia o testemunho de Gaulieder, de 66 anos.
O corpo de Gaulieder foi encontrado próximo a uma ferrovia na cidade de Trnovec nad Vahom, perto de sua casa, que fica a 50 quilômetros de Bratislava, onde o ex-deputado era vereador.
O jornalista e ex-membro do SIS, Peter Toth, disse ao jornal "Pravda" que o corpo de Gaulieder não tinha sinais de atropelamento.
A polícia se limitou a dizer que considera a hipótese de suicídio, segundo o jornal "Bozena Bruchterova".
Gaulieder fez parte, na década de 1990, do Movimento por uma Eslováquia Democrática, partido ultranacionalista que foi liderado por Meciar, que realizou processos de privatização pouco transparentes e colocou o país em um isolamento internacional.
As críticas de abuso de poder contra seus correligionários fizeram Gaulieder deixar o partido. Depois, ele foi obrigado contra sua própria vontade, em um procedimento duvidoso, deixar a carreira parlamentar.
Após ter sido privado de sua vida política, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo deu razão a Gaulieder e determinou que a Eslováquia pagasse uma indenização por danos e prejuízos.
A casa de Gaulieder já tinha sido alvo de um atentado com explosivos e o ex-deputado era frequentemente ameaçado.
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