Israel começa a construir muro subterrâneo ao redor de Gaza
Jerusalém, 27 mar (EFE).- O Ministério da Defesa de Israel começará a construir um muro subterrâneo de concreto ao redor de Gaza nos próximos três meses, a fim de neutralizar os túneis erguidos pelo movimento islamita Hamas, informou nesta segunda-feira o jornal "Yedioth Ahronoth".
A ideia de um muro que separe os dois territórios abaixo da superfície começou a ser cogitada há vários anos, quando a guerra de 2014 que confrontou Israel e Hamas revelou a vulnerabilidade da fronteira.
O projeto "Obstáculo" consiste na construção de um muro ao longo de 65 quilômetros, desde o Mar Mediterrâneo no norte da Faixa até a passagem de Kerem Shalom, no sul, onde confluem as fronteiras de Israel, Gaza e Egito, e o governo israelense espera tê-lo pronto em dois anos.
Os trabalhos começaram de forma experimental há alguns meses ao longo de um trecho fronteiriço de algumas centenas de metros, a fim de verificar sua viabilidade e eficácia, uma vez que será dotado também de sensores eletrônicos para detectar qualquer tentativa de perfuração.
Nos próximos três meses, segundo o jornal, centenas de veículos e maquinaria pesada serão enviados à área sob estrita vigilância do exército para começar os trabalhos em 40 pontos diferentes de forma simultânea.
O projeto custará aos cofres públicos israelenses cerca de US$ 810 milhões, que se somam aos US$ 324 milhões já investidos na busca de soluções tecnológicas para a detecção destes túneis.
Pelo menos 20 soldados israelenses morreram em 2014 em emboscadas de milicianos do Hamas que cruzaram a fronteira sob a terra no que Israel denomina de "túneis ofensivos" - surpreendendo as linhas israelenses pelas costas - ou saindo de outros que foram construídos dentro da própria Gaza com propósitos defensivos.
O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, garantiu ontem em uma conversa com internautas pelas redes sociais que dessas estruturas ofensivas restam "muito menos de 15", em meio a um debate no país pelo relatório apresentado recentemente pelo Supervisor do Estado sobre a guerra de 2014.
Esse relatório apontava uma falta de preparação de Israel na hora de enfrentar essa ameaça de Gaza, sob bloqueio terrestre, marítimo e aéreo desde que o Hamas tomou seu controle em 2007.
Em alguns trechos o muro subterrâneo de concreto será elevado também acima da superfície, onde hoje existe uma cerca eletrônica que não oferece segurança suficiente à população israelense ao redor da Faixa.
Sua construção é analisada em todos os níveis pelos estamentos militares de Inteligência, que acreditam que a chegada em massa de maquinaria pesada poderia provocar uma escalada e um novo enfrentamento na região.
Yossi Yehoshua, comentarista militar do jornal, opinou que o Hamas pode reagir com ataques à possibilidade de ver neutralizada seu principal arma dissuasória contra Israel, dado que o muro romperia o balanço estratégico gerido há dois anos e meio.
A ideia de um muro que separe os dois territórios abaixo da superfície começou a ser cogitada há vários anos, quando a guerra de 2014 que confrontou Israel e Hamas revelou a vulnerabilidade da fronteira.
O projeto "Obstáculo" consiste na construção de um muro ao longo de 65 quilômetros, desde o Mar Mediterrâneo no norte da Faixa até a passagem de Kerem Shalom, no sul, onde confluem as fronteiras de Israel, Gaza e Egito, e o governo israelense espera tê-lo pronto em dois anos.
Os trabalhos começaram de forma experimental há alguns meses ao longo de um trecho fronteiriço de algumas centenas de metros, a fim de verificar sua viabilidade e eficácia, uma vez que será dotado também de sensores eletrônicos para detectar qualquer tentativa de perfuração.
Nos próximos três meses, segundo o jornal, centenas de veículos e maquinaria pesada serão enviados à área sob estrita vigilância do exército para começar os trabalhos em 40 pontos diferentes de forma simultânea.
O projeto custará aos cofres públicos israelenses cerca de US$ 810 milhões, que se somam aos US$ 324 milhões já investidos na busca de soluções tecnológicas para a detecção destes túneis.
Pelo menos 20 soldados israelenses morreram em 2014 em emboscadas de milicianos do Hamas que cruzaram a fronteira sob a terra no que Israel denomina de "túneis ofensivos" - surpreendendo as linhas israelenses pelas costas - ou saindo de outros que foram construídos dentro da própria Gaza com propósitos defensivos.
O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, garantiu ontem em uma conversa com internautas pelas redes sociais que dessas estruturas ofensivas restam "muito menos de 15", em meio a um debate no país pelo relatório apresentado recentemente pelo Supervisor do Estado sobre a guerra de 2014.
Esse relatório apontava uma falta de preparação de Israel na hora de enfrentar essa ameaça de Gaza, sob bloqueio terrestre, marítimo e aéreo desde que o Hamas tomou seu controle em 2007.
Em alguns trechos o muro subterrâneo de concreto será elevado também acima da superfície, onde hoje existe uma cerca eletrônica que não oferece segurança suficiente à população israelense ao redor da Faixa.
Sua construção é analisada em todos os níveis pelos estamentos militares de Inteligência, que acreditam que a chegada em massa de maquinaria pesada poderia provocar uma escalada e um novo enfrentamento na região.
Yossi Yehoshua, comentarista militar do jornal, opinou que o Hamas pode reagir com ataques à possibilidade de ver neutralizada seu principal arma dissuasória contra Israel, dado que o muro romperia o balanço estratégico gerido há dois anos e meio.
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