Ahmadinejad põe em dúvida reeleição de Rohani nas próximas eleições iranianas
Teerã, 29 mar (EFE).- O ex-presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pôs em dúvida em entrevista à Agência Efe a reeleição de Hassan Rohani nas eleições presidenciais de maio, nas quais o povo iraniano "dará um grande passo", na opinião do ex-mandatário.
Ahmadinejad afirmou que acontecerá uma reviravolta se Hamid Baqai, uma de suas pessoas de confiança e duas vezes vice-presidente durante seus mandatos, se apresentar como candidato.
"Se o senhor Baqai também se apresentar, claro que o resultado será outra coisa", disse em sua primeira entrevista formal com um meio de comunicação em quase quatro anos.
O nome de Baqai está sendo ventilado entre os possíveis candidatos à presidência, que devem se registrar a partir de 11 de abril, para que depois sejam aprovados pelo todo-poderoso Conselho de Guardiães.
"Tenho certeza que nas eleições deste ano também será dado um grande passo, ou seja, que o povo do Irã tomará uma decisão importante e criará uma oportunidade maior para si mesmo", acrescentou o ex-presidente iraniano.
Ahmadinejad também cogitou sua candidatura ao pleito, mas o líder supremo, Ali Khamenei, o desaconselhou, ao alegar que causaria "uma sociedade dividida, o que é prejudicial".
Sobre este assunto polêmico, o ex-presidente só respondeu que não perguntou a Khamenei os motivos de sua recomendação e que não será candidato.
"Ele é o líder. Recomendou que eu não me apresentasse e eu aceitei", afirmou, antes de acrescentar: "Nunca quis sê-lo, a presidência nunca foi um objetivo".
Perguntado por um recente discurso seu muito crítico e que muitos interpretaram que estava dirigido contra Khamenei, Ahmadinejad negou e detalhou que se referia "às políticas do governo".
Nesse discurso, Ahmadinejad afirmou que "aquele que pensa que a nação não entende é o ser mais ignorante da terra. 80 milhões não entendem e você entende? Que tipo de arrogância é esta?".
Tentando não se aprofundar nos assuntos internos, o ex-presidente se limitou a dizer que no Irã há problemas "econômicos, políticos e as pressões do governo dos EUA e de alguns de seus aliados".
Sobre o mandato de Rohani e, concretamente, sobre o acordo nuclear assinado entre o Irã e o G5+1 (EUA, China, Rússia, Reino Unido, França, mais Alemanha) em julho de 2015, Ahmadinejad considerou que o povo não vê seus supostos benefícios, porque as sanções continuam e as relações internacionais não foram restauradas totalmente.
Ahmadinejad afirmou que acontecerá uma reviravolta se Hamid Baqai, uma de suas pessoas de confiança e duas vezes vice-presidente durante seus mandatos, se apresentar como candidato.
"Se o senhor Baqai também se apresentar, claro que o resultado será outra coisa", disse em sua primeira entrevista formal com um meio de comunicação em quase quatro anos.
O nome de Baqai está sendo ventilado entre os possíveis candidatos à presidência, que devem se registrar a partir de 11 de abril, para que depois sejam aprovados pelo todo-poderoso Conselho de Guardiães.
"Tenho certeza que nas eleições deste ano também será dado um grande passo, ou seja, que o povo do Irã tomará uma decisão importante e criará uma oportunidade maior para si mesmo", acrescentou o ex-presidente iraniano.
Ahmadinejad também cogitou sua candidatura ao pleito, mas o líder supremo, Ali Khamenei, o desaconselhou, ao alegar que causaria "uma sociedade dividida, o que é prejudicial".
Sobre este assunto polêmico, o ex-presidente só respondeu que não perguntou a Khamenei os motivos de sua recomendação e que não será candidato.
"Ele é o líder. Recomendou que eu não me apresentasse e eu aceitei", afirmou, antes de acrescentar: "Nunca quis sê-lo, a presidência nunca foi um objetivo".
Perguntado por um recente discurso seu muito crítico e que muitos interpretaram que estava dirigido contra Khamenei, Ahmadinejad negou e detalhou que se referia "às políticas do governo".
Nesse discurso, Ahmadinejad afirmou que "aquele que pensa que a nação não entende é o ser mais ignorante da terra. 80 milhões não entendem e você entende? Que tipo de arrogância é esta?".
Tentando não se aprofundar nos assuntos internos, o ex-presidente se limitou a dizer que no Irã há problemas "econômicos, políticos e as pressões do governo dos EUA e de alguns de seus aliados".
Sobre o mandato de Rohani e, concretamente, sobre o acordo nuclear assinado entre o Irã e o G5+1 (EUA, China, Rússia, Reino Unido, França, mais Alemanha) em julho de 2015, Ahmadinejad considerou que o povo não vê seus supostos benefícios, porque as sanções continuam e as relações internacionais não foram restauradas totalmente.