Bombeiros controlam incêndio no Congresso; protestos seguem no Paraguai
Soldados do Corpo de Bombeiros Voluntários do Paraguai conseguiram controlar o incêndio no Congresso do país, no centro de Assunção, depois que centenas de manifestantes contra o projeto de reeleição presidencial invadiram o edifício nesta sexta-feira (31) e atearam fogo em várias das instalações.
Os bombeiros conseguiram apagar as chamas do primeiro andar do edifício, onde se encontra a sala bicameral do parlamento e os escritórios de vários legisladores. No lugar, foi possível observar numerosos danos materiais, como vidraças destroçadas depois que os manifestantes jogaram pedras contra as paredes do edifício.
Após a invasão, os distúrbios continuam, desta vez no centro da capital. Nas imediações do Panteão Nacional dos Heróis, centenas de manifestantes colocaram fogo em latas de lixo e quebraram parte do mobiliário urbano para levantar barricadas, com as quais bloquearam o avanço dos policiais, que lançaram gás lacrimogêneo e dispararam balas de borracha.
Cantando hinos como "Pátria querida", músicas contra o governo do presidente Horacio Cartes e aos gritos de "Ditadura nunca mais", os manifestantes tomaram o centro histórico da capital, que se transformou em uma zona de guerra. A polícia montada ingressou na região próximo ao hotel Guarani para tentar dispersar o protesto.
Video shows vandalism after protesters angered by vote break into Paraguay's Congress pic.twitter.com/
— BNO News (@BNONews) 1 de abril de 2017
Os incidentes começaram depois que 25 senadores votaram a favor do projeto de emenda nas dependências da Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, e sem a presença dos demais legisladores e do presidente do Senado, Roberto Acevedo.
Manifestantes invadiram o edifício do Congresso e colocaram fogo em várias instalações. Durante os confrontos com a polícia, foram feridos por balas de borracha o deputado Edgar Acosta e o presidente do Partido Liberal, Efraín Alegre.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Velázquez, chegou a convocar uma sessão para este sábado (1º) para tratar a emenda, mas a cancelou posteriormente para evitar mais incidentes.
O partido de Lugo aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer nas eleições de 2018, e o Partido Colorado para que o atual presidente do Paraguai, Horacio Cartes, possa fazer o mesmo.
A atual Constituição paraguaia proíbe a reeleição presidencial. Por outro lado, o Partido Liberal, o maior da oposição, e outras forças opositoras, alegam que a emenda é anticonstitucional como meio de facultar um segundo mandato presidencial.
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