Tribunal do Panamá fixa fiança para libertar sócios do Mossack Fonseca
Cidade do Panamá, 21 abr (EFE).- Um tribunal do Panamá determinou nesta sexta-feira o valor da fiança para libertar os advogados Jürgen Mossack e Ramón Fonseca Mora, detidos desde fevereiro por seu envolvimento em casos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato no Brasil, informou à Agência Efe uma fonte judicial.
O Segundo Tribunal Superior da capital do Panamá, que emitiu a resolução a favor dos sócios principais do escritório de advocacia Mossack Fonseca, pediu uma fiança de US$ 500.000 a cada um e emitiu uma proibição de saída do país para ambos.
Os advogados foram citados nas delações da Lava Jato pela advogada María Mercedes Riaño, que alega ter sido funcionária da firma no Brasil e ter recebido ordens de destruir documentos sobre o uso fraudulento de empresas investigadas pela operação.
A defesa de Mossack e Fonseca, cujo escritório de advocacia é o epicentro dos chamado Panama Papers, afirmou publicamente que no expediente da procuradoria não há provas que vinculem seus clientes com a investigação no Brasil, que inclui Riaño.
Embora a advogada panamenha garanta ter recebido ordens diretas de Mossack e Fonseca para seus trabalhos, estes sustentam que só tinham com ela um acordo comercial para que representasse a marca no país e que não existe vinculação legal com os serviços que ela oferecia, principalmente os relacionados a sociedades offshore.
Mossack, Fonseca, Riaño e o advogado Edison Teano, funcionário do escritório, estão detidos no Panamá desde o último dia 9 de fevereiro acusados pelo Ministério Público de lavagem de capitais.
A defesa de Mossack e Fonseca já tinha solicitado antes a fiança de libertação, mas um tribunal a rejeitou em 23 de fevereiro, em uma resolução que nesta sexta-feira foi revogada pelo Segundo Tribunal Superior do primeiro distrito judicial do Panamá, de acordo com o documento do Órgão Judicial entregue à Efe.
No caso de Teano, sua liberdade tinha sido concedida em primeira instância, mas foi alvo de uma apelação, indicou hoje uma fonte do escritório de advocacia à Efe.
A esposa de Mossack, a jurista Leydelises de Mossack, declarou ontem à Efe que "não houve uma resposta que seja suficientemente convincente das autoridades para manter meu marido, o licenciado Fonseca e o licenciado Teano em detenção preventiva".
"Nos parece completamente fora de todo contexto, tanto jurídico como pessoal, que lhes tenha sido decretado a mais severa das medidas cautelares sem que houvesse para isso uma acusação no país (Brasil) onde se iniciou toda esta investigação", questionou.
"Há muitas situações que constam dentro do expediente que realmente põem em dúvida como as autoridades estão manejando o tema", acrescentou, expressando sua "preocupação" porque no Panamá "há uma justiça seletiva".
O Segundo Tribunal Superior da capital do Panamá, que emitiu a resolução a favor dos sócios principais do escritório de advocacia Mossack Fonseca, pediu uma fiança de US$ 500.000 a cada um e emitiu uma proibição de saída do país para ambos.
Os advogados foram citados nas delações da Lava Jato pela advogada María Mercedes Riaño, que alega ter sido funcionária da firma no Brasil e ter recebido ordens de destruir documentos sobre o uso fraudulento de empresas investigadas pela operação.
A defesa de Mossack e Fonseca, cujo escritório de advocacia é o epicentro dos chamado Panama Papers, afirmou publicamente que no expediente da procuradoria não há provas que vinculem seus clientes com a investigação no Brasil, que inclui Riaño.
Embora a advogada panamenha garanta ter recebido ordens diretas de Mossack e Fonseca para seus trabalhos, estes sustentam que só tinham com ela um acordo comercial para que representasse a marca no país e que não existe vinculação legal com os serviços que ela oferecia, principalmente os relacionados a sociedades offshore.
Mossack, Fonseca, Riaño e o advogado Edison Teano, funcionário do escritório, estão detidos no Panamá desde o último dia 9 de fevereiro acusados pelo Ministério Público de lavagem de capitais.
A defesa de Mossack e Fonseca já tinha solicitado antes a fiança de libertação, mas um tribunal a rejeitou em 23 de fevereiro, em uma resolução que nesta sexta-feira foi revogada pelo Segundo Tribunal Superior do primeiro distrito judicial do Panamá, de acordo com o documento do Órgão Judicial entregue à Efe.
No caso de Teano, sua liberdade tinha sido concedida em primeira instância, mas foi alvo de uma apelação, indicou hoje uma fonte do escritório de advocacia à Efe.
A esposa de Mossack, a jurista Leydelises de Mossack, declarou ontem à Efe que "não houve uma resposta que seja suficientemente convincente das autoridades para manter meu marido, o licenciado Fonseca e o licenciado Teano em detenção preventiva".
"Nos parece completamente fora de todo contexto, tanto jurídico como pessoal, que lhes tenha sido decretado a mais severa das medidas cautelares sem que houvesse para isso uma acusação no país (Brasil) onde se iniciou toda esta investigação", questionou.
"Há muitas situações que constam dentro do expediente que realmente põem em dúvida como as autoridades estão manejando o tema", acrescentou, expressando sua "preocupação" porque no Panamá "há uma justiça seletiva".
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