Muçulmanos erguem cruz para convencer cristãos a voltar para Mossul
Yaser Yunes.
Mossul (Iraque), 24 abr (EFE).- Um grupo de moradores de um bairro muçulmano de Mossul ergueu uma cruz ao lado de um mosteiro para convencer os cristãos que fugiram da cidade iraquiana devido à perseguição do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) a voltar.
Os moradores do bairro de El Arabi colocaram a cruz acima do morro onde fica o mosteiro de Mar Guergues (São Jorge, em árabe), na presença de cidadãos cristãos.
O EI costumava marcar os cristãos pintando as paredes a letra "N" de "Nusairi", que em árabe significa "cristão", para que os demais extremistas soubessem onde estavam.
O ativista civil Basem al Tai disse à Agência Efe que esta é a primeira iniciativa dos moradores para convidar os cristãos a voltar a suas áreas de origem, depois que o EI os expulsou de Mossul após ocupar a cidade, em 2014.
Tai esclareceu que hoje é o dia do mosteiro de São Jorge, que foi destruído pelo EI, e por isso mesmo a data foi escolhida para "expressar solidariedade aos irmãos cristãos".
Ele acrescentou que o ato de colocar a cruz desafia o EI.
"É para lembrar ao mundo seus atos criminosos", declarou.
Tai convidou os cristãos a voltar a suas casas porque são "o sal do Iraque". "Estamos preparando outros projetos e trabalharemos para o regresso de todas as famílias cristãs", garantiu.
O ativista, que lidera a ONG local Safinat Nuh (Arca de Noé) para a convivência pacífica, afirmou que os voluntários fazem várias conferências para que os cristãos recuperem a confiança que perderam depois de 2014.
Samer Ilyas, escritor cristão e um dos moradores da região, contou que esta idéia dos jovens muçulmanos foi "muito boa", pois no distrito vivia um grande número de cristãos.
"Estamos acostumados a este tipo de atitude de nossos irmãos muçulmanos, e isto também indica os bons habitantes que são e a autenticidade de seus atos", apontou.
Para ele, "a cidade sem cristãos é como a comida sem sabor".
Segundo o Ministério iraquiano de Deslocados e Migrações, pelo menos 2.063 deslocados iraquianos retornaram hoje a seus lares nos bairros do leste de Mossul. As forças governamentais expulsaram o EI da parte oriental da cidade em janeiro, depois de três meses de combates.
Mossul (Iraque), 24 abr (EFE).- Um grupo de moradores de um bairro muçulmano de Mossul ergueu uma cruz ao lado de um mosteiro para convencer os cristãos que fugiram da cidade iraquiana devido à perseguição do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) a voltar.
Os moradores do bairro de El Arabi colocaram a cruz acima do morro onde fica o mosteiro de Mar Guergues (São Jorge, em árabe), na presença de cidadãos cristãos.
O EI costumava marcar os cristãos pintando as paredes a letra "N" de "Nusairi", que em árabe significa "cristão", para que os demais extremistas soubessem onde estavam.
O ativista civil Basem al Tai disse à Agência Efe que esta é a primeira iniciativa dos moradores para convidar os cristãos a voltar a suas áreas de origem, depois que o EI os expulsou de Mossul após ocupar a cidade, em 2014.
Tai esclareceu que hoje é o dia do mosteiro de São Jorge, que foi destruído pelo EI, e por isso mesmo a data foi escolhida para "expressar solidariedade aos irmãos cristãos".
Ele acrescentou que o ato de colocar a cruz desafia o EI.
"É para lembrar ao mundo seus atos criminosos", declarou.
Tai convidou os cristãos a voltar a suas casas porque são "o sal do Iraque". "Estamos preparando outros projetos e trabalharemos para o regresso de todas as famílias cristãs", garantiu.
O ativista, que lidera a ONG local Safinat Nuh (Arca de Noé) para a convivência pacífica, afirmou que os voluntários fazem várias conferências para que os cristãos recuperem a confiança que perderam depois de 2014.
Samer Ilyas, escritor cristão e um dos moradores da região, contou que esta idéia dos jovens muçulmanos foi "muito boa", pois no distrito vivia um grande número de cristãos.
"Estamos acostumados a este tipo de atitude de nossos irmãos muçulmanos, e isto também indica os bons habitantes que são e a autenticidade de seus atos", apontou.
Para ele, "a cidade sem cristãos é como a comida sem sabor".
Segundo o Ministério iraquiano de Deslocados e Migrações, pelo menos 2.063 deslocados iraquianos retornaram hoje a seus lares nos bairros do leste de Mossul. As forças governamentais expulsaram o EI da parte oriental da cidade em janeiro, depois de três meses de combates.
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