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Pyongyang diz que reforçará armas nucleares por conta de porta-aviões dos EUA

24/04/2017 12h50

Seul, 24 abr (EFE).- A Coreia do Norte reforçará suas "medidas nucleares de autodefesa" perante o envio do porta-aviões americano Carl Vinson para perto de seu território, informaram nesta segunda-feira os meios de comunicação estatais, que também tacharam tal manobra de "blefe".

Em um artigo de opinião publicado pelo jornal estatal "Rodong", Pyongyang afirma que "seria um erro fatal por parte dos EUA pensar que pode amedrontar com o porta-aviões nuclear a DPRK" (siglas em inglês de República Popular Democrática de Coreia, nome oficial da Coreia do Norte).

O texto adverte que se "as provocações do inimigo" continuarem, as forças norte-coreanas "responderão com golpes mortais" e resistirão a "qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade".

O artigo também ameaça "aniquilar os invasores" e anuncia que o exército e o povo norte-coreanos "reforçarão suas medidas de dissuasão nuclear para a autodefesa de todas as formas possíveis".

A Coreia do Norte voltou a reagir deste modo ao envio à região do porta-aviões nuclear USS Carl Vinson em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.

A embarcação e sua frota de ataque se encontram atualmente realizando exercícios conjuntos estratégicos com tropas japonesas no Pacífico e planejam se aproximar da península da Coreia no final desta semana.

Washington anunciou há duas semanas que tinha enviado o porta-aviões em resposta a um teste de mísseis norte-coreano no início de abril, embora a frota tivesse participado primeiro de exercícios com a Austrália sem que a Casa Branca confirmasse até a última quinta-feira.

Em meio à grande tensão na região, na próxima terça-feira será comemorado o 85º aniversário do Exército Popular da Coreia, uma data importante para o regime de Kim Jong-un e que, segundo alguns analistas, pode ser a ocasião para um novo teste balístico de Pyongyang.

As últimas imagens registradas via satélite do centro de testes nucleares de Punggye-ri (nordeste) mostravam supostos preparativos para uma nova operação deste tipo.