Suprema Corte de Taiwan legaliza casamento entre pessoas do mesmo sexo
Taipé, 24 mai (EFE).- A Suprema Corte de Justiça de Taiwan declarou nesta quarta-feira inconstitucional a restrição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e exigiu legalização da união entre elas, transformando a ilha no primeiro lugar da Ásia a permitir tal fato.
O máximo tribunal taiuanês declarou inconstitucional parte da lei matrimonial que afirma que "pessoas do mesmo sexo não podem entrar em um casamento legal" e exigiu uma emenda no prazo de dois anos, anunciou o secretário da corte, Lu Tai-lang, em coletiva de imprensa.
A declaração dos 14 juízes da Suprema Corte corresponde a consultas sobre a constitucionalidade da atual lei matrimonial apresentadas pelo veterano ativista dos direitos dos homossexuais Chi Chia-wei e o governo municipal de Taipé.
"Tornou-se realidade um sonho que estou esperando há mais de 16 anos", disse Chi, após conhecer a decisão, em meio à euforia de numerosos grupos a favor do casamento homossexual que esperavam pela sentença.
Em 1986, em um momento fundamental da lei marcial de Taiwan, Chi fez o que para muitos era impensável nessa época. Declarou publicamente que era homossexual, o que lhe rendeu 162 dias de prisão.
Há 16 anos, em um novo ataque às convenções sociais, Chi foi o primeiro a desafiar as leis que impediam o casamento de pessoas do mesmo sexo e pediu - sem sucesso - o registro legal da sua união desde 1988 com o seu companheiro.
Em 2015, após uma nova tentativa falida, elevou uma consulta de interpretação ao Supremo por considerar que a proibição violava os direitos dos artigos 7 e 22 da Constituição, que estabelecem que todas as liberdades e direitos do público que não prejudiquem a ordem social ou o conforto público estão garantidos.
Já do lado contrário, grupos religiosos e conservadores receberam com protestos e consternação a decisão, que segundo eles é um duro golpe à tradição chinesa da ilha, à família tradicional e à moralidade social.
No campo político, tanta a presidente, Tsai Ing-wen, como a maioria dos legisladores do governante Partido Democrata Progressista, se manifestaram a favor do casamento homossexual.
Já no final do 2016, quando foi introduzido um projeto de emenda da lei matrimonial no Parlamento, houve muitas manifestações a favor e contra, pois na sociedade há uma forte divisão de opiniões.
Grupos religiosos e conservadores, como a Aliança dos Grupos Religiosos de Taiwan para a Proteção da Família, pediram que a questão seja submetida a referendo e advertiram sobre os efeitos nocivos da legalização, que apresenta um modelo sexual e familiar em conflito com a tradição.
O máximo tribunal taiuanês declarou inconstitucional parte da lei matrimonial que afirma que "pessoas do mesmo sexo não podem entrar em um casamento legal" e exigiu uma emenda no prazo de dois anos, anunciou o secretário da corte, Lu Tai-lang, em coletiva de imprensa.
A declaração dos 14 juízes da Suprema Corte corresponde a consultas sobre a constitucionalidade da atual lei matrimonial apresentadas pelo veterano ativista dos direitos dos homossexuais Chi Chia-wei e o governo municipal de Taipé.
"Tornou-se realidade um sonho que estou esperando há mais de 16 anos", disse Chi, após conhecer a decisão, em meio à euforia de numerosos grupos a favor do casamento homossexual que esperavam pela sentença.
Em 1986, em um momento fundamental da lei marcial de Taiwan, Chi fez o que para muitos era impensável nessa época. Declarou publicamente que era homossexual, o que lhe rendeu 162 dias de prisão.
Há 16 anos, em um novo ataque às convenções sociais, Chi foi o primeiro a desafiar as leis que impediam o casamento de pessoas do mesmo sexo e pediu - sem sucesso - o registro legal da sua união desde 1988 com o seu companheiro.
Em 2015, após uma nova tentativa falida, elevou uma consulta de interpretação ao Supremo por considerar que a proibição violava os direitos dos artigos 7 e 22 da Constituição, que estabelecem que todas as liberdades e direitos do público que não prejudiquem a ordem social ou o conforto público estão garantidos.
Já do lado contrário, grupos religiosos e conservadores receberam com protestos e consternação a decisão, que segundo eles é um duro golpe à tradição chinesa da ilha, à família tradicional e à moralidade social.
No campo político, tanta a presidente, Tsai Ing-wen, como a maioria dos legisladores do governante Partido Democrata Progressista, se manifestaram a favor do casamento homossexual.
Já no final do 2016, quando foi introduzido um projeto de emenda da lei matrimonial no Parlamento, houve muitas manifestações a favor e contra, pois na sociedade há uma forte divisão de opiniões.
Grupos religiosos e conservadores, como a Aliança dos Grupos Religiosos de Taiwan para a Proteção da Família, pediram que a questão seja submetida a referendo e advertiram sobre os efeitos nocivos da legalização, que apresenta um modelo sexual e familiar em conflito com a tradição.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.