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Enfermeira do Texas é suspeita de matar cerca de 60 bebês

26/05/2017 23h30

Austin (EUA), 26 mai (EFE).- A Justiça dos Estados Unidos acusou nesta sexta-feira do assassinato de um bebê uma enfermeira que poderia ter matado outros 60 recém-nascidos no final dos anos 70 e começo dos 80 e que está presa por um desses crimes, embora possa ser liberada em breve.

Genene Jones, de 66 anos, cumpre atualmente penas de 99 e 60 anos de prisão por ter matado uma recém-nascida de 15 meses, Chelsea McClellan, e pela tentativa de assassinato de um bebê de quatro semanas, Rolando Santos, a quem administrou um anticoagulante, segundo o Departamento de Justiça Criminal do Texas.

A enfermeira, que trabalhou em hospitais de San Antonio e Kerrville (Texas), cometeu os crimes em 1982, pouco antes de sua detenção, e foi condenada em 1984.

Um grande júri acusou agora Jones do assassinato em 1981 de Joshua Sawyer, de 11 meses, ao injetar nele uma dose letal de um produto contra epilepsia.

"Jones é suspeita de ter matado até 60 bebês", afirmou em uma entrevista coletiva o promotor do condado texano de Bexar, Nico LaHood, definindo a assassina como "o mal encarnado" e assegurou que a justiça "cuidará para que ela responda por seus crimes".

O promotor considerou que várias crianças morreram sob circunstâncias "fora do comum" durante ou pouco depois dos turnos de Jones, o que a torna a principal suspeita.

Até agora, não ficou claro porque as ações da enfermeira, que envolveram tantas vítimas, não foram detectadas antes.

Apesar disso, os registos médicos do hospital de San Antonio no qual trabalhou foram destruídos acidentalmente nos anos posteriores às mortes da maioria destes bebês, dificultando a investigação para demonstrar as suspeitas.

O promotor assegurou que "fará todo o possível" para identificar cada um dos recém-nascidos os quais Jones assassinou.

"Não acredito que ela olhe para o mundo da maneira como fazem os demais", acrescentou LaHood.

A criminosa, que está cumprindo sua pena em uma prisão para mulheres em Gatesville - entre Austin e Dallas -, poderia sair em liberdade em março de 2018 por bom comportamento, graças às leis de redução de penas em vigor no momento de suas primeiras condenações.

A mãe da única vítima reconhecida até agora, Petti McClellan, apareceu na imprensa americana nos últimos anos assegurando que está buscando as outras famílias prejudicadas por Jones.

Conhecida como "a enfermeira da morte", se Jones sair da prisão, terá um dispositivo GPS implantado e não poderá ter nenhum tipo de contato com menores de 18 anos.

Além disso, será proibida de visitar um hospital a menos que esteja buscando um tratamento para si mesma.

No entanto, as autoridades estão trabalhando para julgá-la novamente e que receba outra condenação antes dessa data.