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EUA condenam "inaceitável ataque" ao Parlamento da Venezuela

05/07/2017 22h10

Washington, 5 jul (EFE).- Os Estados Unidos condenaram nesta quarta-feira o "inaceitável ataque" de simpatizantes do chavismo à Assembleia Nacional da Venezuela, uma ação que deixou pelo menos oito deputados da oposição feridos e danos materiais.

Em nota, o Departamento de Estado dos EUA pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Madura, que forneça "imediata proteção" à Assembleia Nacional e que "leve os responsáveis à Justiça"

"Essa violência, perpetrada durante a comemoração da independência da Venezuela, é um ataque aos princípios democráticos protegidos por homens e mulheres que lutaram por ela há 206", indicou o comunicado do Departamento de Estado.

Os EUA também pedem que todas as partes na Venezuela que se abstenham da violência. Por fim, a diplomacia americana condena o que considera como um "crescente autoritarismo" do governo de Maduro e convida o presidente do país a "cumprir com os compromissos" firmados no diálogo com a oposição mediado pelo Vaticano.

"A Venezuela deve realizar eleições livres, justas e críveis de imediato, respeitar a Constituição e a Assembleia Nacional, libertar imediata e incondicionalmente todos os presos políticos e atender as necessidades humanitárias do povo venezuelano", indicou a nota.

O governo dos EUA também condenou a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, promovida por Maduro, que, segundo o Departamento de Estado, tem como objetivo "minar" as instituições democráticas da Venezuela.

A Assembleia Nacional da Venezuela ficou cercada por mais de sete horas nesta quarta-feira. Simpatizantes do chavismo chegaram a invadir o prédio do Legislativo pela manhã, ferindo deputados, assessores e jornalistas, e depois se concentraram na frente do palácio, impedindo a saída de quem estava lá dentro.

A oposição responsabilizou Maduro pelo ataque e acusou a Guarda Nacional Bolivariana, que deveria proteger o edifício, de permitir a invasão dos manifestantes e agir com passividade.