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Papa pede que G20 rejeite guerras e priorize pobres e refugiados

07/07/2017 12h48

Cidade do Vaticano, 7 jul (EFE).- O papa Francisco enviou nesta sexta-feira uma mensagem aos países do G20 que participam da cúpula do grupo em Hamburgo com a qual pediu que a reunião dê prioridade aos pobres, aos refugiados e que rejeite os conflitos.

Na mensagem enviada à chanceler alemã e anfitriã do evento, Angela Merkel, o pontífice pediu aos participantes que deem "prioridade absoluta aos pobres, aos refugiados, aos sufredores, aos deslocados, aos excluídos, sem distinção de nações, raças, religião ou cultura, e rejeitem os conflitos armados".

Além disso, o papa fez um pedido aos 20 líderes das principais economias do mundo e aos países emergentes perante a "trágica situação no Sudão do Sul, na região do Lago Chade, no Chifre da África e no Iêmen, onde há 30 milhões de pessoas que não têm alimentos nem água para sobreviver".

"O compromisso de se ocupar urgentemente destas situações e de dar apoio imediato a estas populações será um sinal de seriedade e sinceridade do compromisso para reformar a economia mundial e uma garantia de seu eficaz desenvolvimento", ressaltou.

O papa Francisco citou "o vasto panorama de conflitos atuais ou potenciais" e reiterou que "a guerra não pode ser nunca uma solução", antes de pedir que "se ponham fim a todos estes inúteis massacres".

"Estas cúpulas têm que ter o objetivo de resolver com a paz as diferenças económicas e encontrar regras financeiras e comerciais comuns que consintam o desenvolvimento integral de todos para conseguir a Agenda 2030 e os Objetivos de desenvolvimento sustentável", disse o papa.

De acordo com o pontífice, não haverá efeito "se todas as partes não se empenharem em reduzir os níveis de conflito, em parar a atual corrida armamentista e renunciar a se envolver direta ou indiretamente nos conflitos ou não aceitar discutir de maneira sincera e transparente todas as divergências".

Na opinião do líder religioso, "as trágicas ideologias da primeira metade do século XX foram substituídas pelas novas ideologias da autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira". O papa lamentou que estas também "deixam um rastro doloroso de exclusão, descarte e morte".