Trump diz que estudou com Putin formação de unidade de cibersegurança
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que discutiu em sua primeira reunião com o governante russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, a formação de "uma impenetrável unidade de cibersegurança" conjunta.
A afirmação surpreende após o republicano ter dito que pressionou Putin sobre a ingerência eleitoral, que segundo as agências de inteligência americana aconteceu mediante ciberataques.
Além disso, a imprensa americana já havia revelado tentativas de infiltração russa na rede de votação dos Estados Unidos, assim como em centrais nucleares e outras infraestruturas importantes.
A unidade estudada na reunião com Putin durante a Cúpula do G20 de Hamburgo, que terminou no sábado, servirá, segundo Trump, para evitar "o hacking nas eleições e outras coisas negativas, que estarão protegidas e seguras".
Como contraponto, Trump pareceu alimentar dúvidas sobre se a oposição democrata foi responsável pelos seus próprios ciberataques ao se perguntar por que não agiu quando a CIA e o FBI avisou sobre os ataques.
"Por que Obama não fez nada quando tinha informação antes das eleições?", questionou o atual presidente pelo Twitter.
O senador republicano Marco Rubio respondeu a Trump na mesma rede social ao afirmar que formar uma unidade conjunta de cibersegurança com Putin é como colaborar com o presidente sírio, Bashar al Assad, em uma "unidade sobre armas químicas".
Rubio assegurou que o presidente russo "nunca será um aliado ou parceiro confiável e construtivo".
Em um comunicado após o encerramento da cúpula do G20, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que o grupo de trabalho sobre cibersegurança estipulado com a Rússia é o equivalente a "um grupo de trabalho sobre assaltos a bancos" criado por ladrões e policiais.