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Manifestantes derrubam estátua que homenageia soldados confederados nos EUA

15/08/2017 02h52

Washington, 14 ago (EFE).- Um grupo de manifestantes derrubou nesta segunda uma estátua em homenagem aos soldados dos Estados Confederados da América em Durham, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, durante um protesto contrário aos símbolos da Confederação.

Os manifestantes amarraram uma corda ao pescoço da estátua e a derrubaram no chão. Depois, muitos aproveitaram para chutar o monumento caído no chão.

O protesto estava convocado inicialmente para exigir a retirada dessa mesma estátua e de todos os símbolos confederados que restam na Carolina do Norte, "para que não matem mais gente inocente", segundo os organizadores do protesto, em alusão aos incidentes em Charlottesville (Virgínia), quando um supremacista branco matou uma mulher ao avançar com seu veículo contra uma manifestação antirracista.

A mobilização em Charlottesville rejeitava a presença na cidade de grupos de extrema-direita que protestavam pela decisão da prefeitura local de remover a estátua de um general confederado.

A estátua de Durham, cidade com cerca de 260 mil habitantes, foi instalada nos jardins dos antigos tribunais em 1924.

O debate sobre as estátuas e símbolos confederados explodiu nos Estados Unidos depois que Dylann Roof, um jovem supremacista branco fascinado pelos Estados Confederados, assassinou em junho de 2015 nove paroquianos de uma igreja da comunidade negra na Carolina do Sul.

As autoridades começaram então a retirar algumas das estátuas e símbolos dos Estados Confederados que estão espalhados pelo sul do país. Estima-se que ainda há cerca de 1.500 monumentos vinculados aos confederados de pé.

Os Estados Confederados da América eram 11 territórios do sul que se separaram dos Estados Unidos entre 1861 e 1865, em defesa de um modelo econômico baseado na escravidão e contrário ao defendido pelos estados do norte.

Os Estados Confederados enfrentaram a União (estados do norte) durante a Guerra de Secessão (1861-1865), que deixou mais de 600 mil mortos.