Presidente da Colômbia pede arquivamento de caso sobre dinheiro da Odebrecht em campanha
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, através de sua defesa, pediu ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) o arquivamento do caso sobre injeção de dinheiro em sua campanha presidencial de 2014 por parte da empreiteira Odebrecht, informou neste sábado (26) a imprensa local.
O CNE realiza uma investigação preliminar por conta das revelações do procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, que afirmou que, segundo o ex-senador Otto Bula, a Odebrecht teria pagado cerca de US$ 1 milhão à campanha do hoje chefe de Estado.
De acordo com a defesa de Santos, "não existe prova alguma dentro do expediente que permita determinar que o dinheiro da Odebrecht sobre o qual fala o senhor Otto Nicolás Bula e que dão origem à investigação entrou formal, material e realmente em tal campanha presidencial", diz a petição, de 20 páginas.
Bula disse que uma pessoa vinculada à campanha de Santos recebeu o dinheiro, mas também afirmou que não sabe se tal quantia foi entregue ao governante nem se foi usado em sua campanha.
O documento apresentado ao CNE pelo advogado de Santos, Alfonso Portela, indica que se o pedido de arquivamento não for acolhido, tentará levar o processo para o Congresso.
"Se o Conselho Nacional Eleitoral encontrar alguma situação que dê origem a uma investigação de ordem administrativa, deverá encaminhá-la ao Congresso da República pela ocasião do fórum constitucional, para que as investigações do caso prossigam dentro do procedimento estabelecido", acrescenta a petição.
O Ministério Público da Colômbia informou em março que também verificou que a Odebrecht assinou um contrato em 2 de fevereiro de 2014 com a sociedade panamenha Paddington, vinculada à empresa colombiana Sancho BBDO, por US$ 1 milhão para fazer uma pesquisa de opinião "a fim de conseguir uma aproximação com o governo do presidente Santos".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.