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Peru faz simulação de terremoto e tsunami que deixariam mais de 50 mil mortos

14/10/2017 04h11

Lima, 14 out (EFE).- O Peru realizou, na noite de sexta-feira, uma simulação de um terremoto de 8,5 graus de magnitude na escala Richter e um posterior tsunami a nível nacional que deixaria mais de 50 mil mortos e pelo menos 8 mil desaparecidos, segundo informações do Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN).

Às 20h (horário local) começaram a soar os alarmes nas principais ruas e praças das cidades da costa e dos Andes do Peru para que a população deixasse os edifícios e se reunisse nas áreas de segurança delimitadas nos espaços públicos.

No entanto, a simulação teve uma participação limitada da população, que em muitos casos continuou fazendo suas atividades normalmente.

Em alguns pontos, como a Praça das Armas, em Lima, foram instalados equipamentos médicos de emergência e simularam resgates e atenção aos feridos, aumentando a curiosidade dos pedestres até que eles entendessem o conteúdo da atividade.

Além de Lima, a simulação também aconteceu nas cidades de Trujillo, Piura e Tumbes, Arequipa, Tarapoto, entre outras.

Entre os participantes da simulação esteve o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, quem abandonou sua residência no momento da ação e se dirigiu posteriormente para a sede do COEN, para conhecer os detalhes da atividade.

Kuczynski aconselhou ter em cada casa uma mochila de emergência com diferentes produtos de primeira necessidade para casos de emergência, como água, comida enlatada, lanterna e rádio.

De acordo com relatório das autoridades, o epicentro do terremoto, que teve um minuto de duração, estava localizado a 90 quilômetros ao oeste do litoral e a uma profundidade de 35 quilômetros sob a superfície do mar, resultando um um tsunami de dez metros de altura, que alcançou a costa 18 minutos depois.

O balanço de prejuízos também estima que o terremoto afetaria mais de 3 milhões de pessoas no país, com dezenas de milhares de casas destruídas.

O recente terremoto de 7,1 graus de magnitude na escala Richter ocorrido no México, no mês passado, onde 369 pessoas morreram, despertou a preocupação no Peru sobre a preparação para enfrentar um evento similar, especialmente no caso de edifícios construídos de maneira irregular.