Topo

Forças iraquianas e tropas curdas acertam cessar-fogo de 24 horas

27/10/2017 13h05

Erbil (Iraque), 27 out (EFE). - As tropas curdas e as forças iraquianas assinaram nesta sexta-feira um cessar-fogo nas frentes abertas nas zonas disputadas entre o Executivo em Bagdá e Erbil, disse à Agência Efe o dirigente do partido União Patriótica do Curdistão (PUK) Gayaz al Suryi.

As forças iraquianas e curdas - conhecidas como "peshmergas" - chegaram a um acordo de cessar-fogo de 24 horas para que líderes curdos e iraquianos comecem as conversas, que serão centradas no controle das zonas disputadas. Segundo ele, as duas partes falarão sobre a entrega ao governo iraquiano do posto de fronteira Faysh Khabur, entre a Síria e o Iraque, e sobre a situação de segurança na cidade de Zummar, no oeste do Iraque, mas não detalhou quando esse encontro acontecerá.

Ainda não há reação oficial do governo iraquiano sobre o pacto.

Em entrevista ao jornal curdo "Rudaw", o porta-voz da coalizão internacional - liderada pelos Estados Unidos - Ryan Dillon afirmou que as duas partes tinham chegado a um cessar-fogo. Poucos minutos depois da publicação, ele escreveu no seu perfil oficial no Twitter: "Incorretamente disse em entrevista hoje ao "Rudaw" que havia um cessar-fogo entre as forças iraquianas e curdas". Conforme explicou, as partes estão se falando, mas não há um cessar-fogo oficial.

Em resposta ao plebiscito de independência realizado em 25 de setembro pelo Curdistão e considerado ilegal pelo Executivo em Bagdá, o governo iraquiano lançou em 16 de outubro uma operação para "impor a segurança" na província de Kirkuk - já retomada por Bagdá - e outros territórios disputados que estavam ocupados pelas tropas curdas desde 2014. Ontem a milícia Multidão Popular, que tem o apoio do Irã, anunciou o início de uma ofensiva militar contra as "peshmergas" na tríplice fronteira Iraque, Síria e Turquia.

A operação tem como objetivo recuperar a cidade de Faysh Khabur, que agora está sob o controle das tropas do presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, segundo a Multidão Popular.