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Justiça decreta prisão para ex-vice-presidente catalão e 7 ex-conselheiros

Procuradoria pediu também ordem de prisão do líder catalão Carles Puigdemont - Albert Gea/Reuters
Procuradoria pediu também ordem de prisão do líder catalão Carles Puigdemont Imagem: Albert Gea/Reuters

Em Madri

02/11/2017 14h47

A Justiça espanhola expediu nesta quinta-feira uma ordem de prisão imediata, sem fiança, para o ex-vice-presidente da Catalunha Oriol Junqueras e para sete ex-conselheiros do governo da região.

Todos são acusados pelos crimes de rebelião, insurreição e desvio de verbas públicas em relação ao processo separatista na Catalunha.

A juíza Carmen Lamela, que decretou a ordem, também estabeleceu uma fiança de 50 mil euros a Santi Vila para não ser preso. Ex-conselheiro catalão de Empresa, ele renunciou ao posto antes de o Parlamento regional declarar unilateralmente a independência.

Risco de fuga

Deste modo, a magistrada atendeu totalmente o pedido da Procuradoria-Geral espanhola e determinou a prisão imediata, por risco de fuga e de reiteração de crime, de Junqueras e de sete dos oito ex-conselheiros que compareceram hoje à Audiência Nacional espanhola, em Madri, para prestar depoimento, segundo fontes judiciais.

Além de Junqueras, vão para a prisão os ex-conselheiros Jordi Turull (Presidência), Josep Rull (Território), Meritxell Borràs (Governo), Raül Romeva (Relações Internacionais), Carles Mundó (Justiça), Dolors Bassa (Trabalho) e Joaquim Forn (Interior), sendo que Vila (Empresa) só ficará preso se não pagar a fiança.

Procuradoria pediu ordem de prisão

A Procuradoria espanhola também pediu hoje a emissão de uma Ordem Europeia de Prisão e Entrega (OEDE) para o ex-presidente do governo regional catalão Carles Puigdemont e os quatro ex-conselheiros que não foram hoje à audiência em Madri por rebelião, insurreição e desvio de verbas públicas.

Segundo fontes jurídicas, o pedido envolve, além de Puigdemont, os ex-conselheiros Antoni Comín (Saúde), Clara Ponsatí (Ensino), Lluís Puig (Cultura) e Meritxell Serret (Agricultura).

O pedido tem como destino as autoridades da Bélgica, país para onde os cinco viajaram.