Odebrecht e OAS financiaram ex-prefeita de Lima, diz Valdemir Garreta
Lima, 22 nov (EFE).- As empreiteiras brasileiras Odebrecht e OAS pagaram US$ 3 milhões (R$ 9,7 milhões) para a campanha contra a cassação da ex-prefeita de Lima Susana Villarán em 2013, segundo a declaração do publicitário brasileiro Valdemir Garreta divulgada nesta quarta-feira em Lima.
Garreta, dono da empresa FX Comunicações, declarou à promotoria peruana que viajou em 2012 a Lima para se reunir com Susana e coordenar a campanha do Não à Cassação, que a então prefeita liderou para responder aos opositores que queriam sua saída do cargo.
De acordo com o testemunho, publicado pelo jornal "El Comercio", Garreta tinha sido contatado previamente pelo publicitário Luis Favre para lhe perguntar se podia assumir a campanha de comunicação, como efetivamente aconteceu.
"Pelo trabalho foi acordado uma remuneração de US$ 3 milhões", disse Garreta a respeito das coordenações com Susana, e que o encarregado dos pagamentos seria José Miguel Castro Gutiérrez, ex-gerente-geral da Prefeitura de Lima.
O brasileiro, que procura se beneficiar de um acordo de delação premiada no Peru, acrescentou que Gutiérrez lhe disse que a campanha seria financiada pela Odebrecht com US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) e pela OAS com US$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões).
No caso de Odebrecht, "todos os pagamentos foram realizados com dinheiro, em reais, sob a modalidade de entregas em hotel", informou Garreta à promotoria.
Com a OAS, Garreta recebeu o dinheiro em seu escritório em São Paulo de um executivo chamado Mateus Coutinho, indicou.
Susana respondeu hoje, através de suas redes sociais, que não negociou nada com o publicitário.
"Repito o que disse muitas vezes desde janeiro de 2013 e assinalei à Comissão da Lava Jato: me reuni no fim de 2012 com o senhor Luis Favre, publicitário político, que me foi apresentado pelo o senhor Salomón Lerner, para conversar sobre sua possível assessoria à campanha do Não", explicou a ex-prefeita.
"Não me reuni com o senhor Garreta para negociar montante algum de pagamento", acrescentou.
"Nunca recebi propinas, não as promovi na minha gestão. Nunca favoreci empresas estrangeiras e nacionais em processos de licitação pública ou privada na Prefeitura de Lima. Sou honesta, não me enriqueci ilicitamente, vivo com austeridade, sempre o fiz", declarou Susana.
As investigações sobre o escândalo de Odebrecht no Peru visam seguir a trilha de US$ 29 milhões (R$ 94,3 milhes) que a empresa declarou ter pagado a funcionários peruanos entre 2005 e 2014 para obter concessões de obras públicas.
Garreta, dono da empresa FX Comunicações, declarou à promotoria peruana que viajou em 2012 a Lima para se reunir com Susana e coordenar a campanha do Não à Cassação, que a então prefeita liderou para responder aos opositores que queriam sua saída do cargo.
De acordo com o testemunho, publicado pelo jornal "El Comercio", Garreta tinha sido contatado previamente pelo publicitário Luis Favre para lhe perguntar se podia assumir a campanha de comunicação, como efetivamente aconteceu.
"Pelo trabalho foi acordado uma remuneração de US$ 3 milhões", disse Garreta a respeito das coordenações com Susana, e que o encarregado dos pagamentos seria José Miguel Castro Gutiérrez, ex-gerente-geral da Prefeitura de Lima.
O brasileiro, que procura se beneficiar de um acordo de delação premiada no Peru, acrescentou que Gutiérrez lhe disse que a campanha seria financiada pela Odebrecht com US$ 2 milhões (R$ 6,5 milhões) e pela OAS com US$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões).
No caso de Odebrecht, "todos os pagamentos foram realizados com dinheiro, em reais, sob a modalidade de entregas em hotel", informou Garreta à promotoria.
Com a OAS, Garreta recebeu o dinheiro em seu escritório em São Paulo de um executivo chamado Mateus Coutinho, indicou.
Susana respondeu hoje, através de suas redes sociais, que não negociou nada com o publicitário.
"Repito o que disse muitas vezes desde janeiro de 2013 e assinalei à Comissão da Lava Jato: me reuni no fim de 2012 com o senhor Luis Favre, publicitário político, que me foi apresentado pelo o senhor Salomón Lerner, para conversar sobre sua possível assessoria à campanha do Não", explicou a ex-prefeita.
"Não me reuni com o senhor Garreta para negociar montante algum de pagamento", acrescentou.
"Nunca recebi propinas, não as promovi na minha gestão. Nunca favoreci empresas estrangeiras e nacionais em processos de licitação pública ou privada na Prefeitura de Lima. Sou honesta, não me enriqueci ilicitamente, vivo com austeridade, sempre o fiz", declarou Susana.
As investigações sobre o escândalo de Odebrecht no Peru visam seguir a trilha de US$ 29 milhões (R$ 94,3 milhes) que a empresa declarou ter pagado a funcionários peruanos entre 2005 e 2014 para obter concessões de obras públicas.
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