Juventude cubana se aferra ao exemplo de Fidel Castro um ano após sua morte
Sara Gómez Armas.
Havana, 25 nov (EFE).- Ao grito de "Eu sou Fidel", a juventude cubana se espelhou neste sábado exemplo e guia do líder histórico da Revolução em um ato na Universidade de Havana, para honrar a figura do comandante, no primeiro aniversário da sua morte, enquanto o país analisa um substituto no poder.
Centenas de estudantes se reuniram na escada dessa universidade, onde Fidel Castro se formou como revolucionário e marxista quando era estudante de direito, para lembrar com poemas, canções e discursos o ex-mandatário, que morreu aos 90 anos no dia 25 de novembro de 2016, após uma década afastado do poder.
"Este é o povo de Fidel, a sua pátria e com as suas ideias vamos continuar defendendo a bandeira do socialismo", declarou o presidente da Federação de Estudantes Universitários (FEU), Raúl Alejandro Palmero, no discurso principal do ato.
Segundo o dirigente estudantil, Fidel Castro (1926-2016) foi "sem discussão nosso líder histórico, mas também é ainda hoje um pai, um mestre, um conselheiro sem tamanho, um amigo próximo, uma voz de confiança".
O ato foi liderado pelo primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, de 57 anos, herdeiro designado pelo castrismo para suceder em fevereiro próximo na presidência Raúl Castro, que não foi visto publicamente em nenhuma das homenagens ao seu irmão que aconteceram em diversos lugares do país.
justamente neste domingo acontecem eleições municipais em toda Cuba, que marcam o começo do processo que vai terminar em uma nova Assembleia Nacional, o parlamento unicameral cubano, que deverá ratificar o futuro presidente do país.
"A juventude cubana vai invadir as urnas e demonstrará ao mundo que aqui sim há continuidade, que aqui sim há Revolução", afirmou Palmero sobre essas eleições que vão marcar uma substituição de geração no poder, depois de quase 60 anos da era castrista.
Apesar da ausência de Raúl Castro, esteve presente na homenagem o seu filho, o coronel Alejandro Castro Espín, que pertence ao círculo de confiança do presidente e dirige o departamento do Ministério do Interior que controla a inteligência e contra-inteligência do país.
Muitos analistas opinam que Espín será uma figura influente quando seu pai deixar a presidência do país, pois de fato ele se ocupou de liderar as conversas secretas com os Estados Unidos antes de anunciar o descongelamento diplomático entre ambos os países.
Entre o público, Harold Picaren, de 31 anos, relembrou Fidel Castro como "o ânimo que anima a seguir em frente, sempre presente, para continuar construindo a Revolução".
"Quando não soubermos por onde nos guiar sempre teremos o mapa de Fidel, teremos essa guia e não vamos nos perder", disse Picaren, biólogo de profissão.
Berta Pérez declarou que, apesar da ausência de Fidel e a saída do poder de Raúl, "os programas sociais e a linha da Revolução vão continuar porque em Cuba é o povo que dirige o país".
Além dos discursos nos quais se exaltou a figura de Fidel Castro, o ato contou com shows.
Por causa da data, a imprensa oficial, na qual não se fala de morte ou falecimento, mas de "desaparecimento físico", dedicou amplos espaços a lembrar a figura e o legado de Fidel.
O jornal "Granma", órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, trouxe na capa uma foto de Fidel de corpo inteiro vestido de verde-oliveira com o título "No coração de Cuba", e entre as suas páginas há artigos de Katisuka Blanco, sua biógrafa oficial.
Havana, 25 nov (EFE).- Ao grito de "Eu sou Fidel", a juventude cubana se espelhou neste sábado exemplo e guia do líder histórico da Revolução em um ato na Universidade de Havana, para honrar a figura do comandante, no primeiro aniversário da sua morte, enquanto o país analisa um substituto no poder.
Centenas de estudantes se reuniram na escada dessa universidade, onde Fidel Castro se formou como revolucionário e marxista quando era estudante de direito, para lembrar com poemas, canções e discursos o ex-mandatário, que morreu aos 90 anos no dia 25 de novembro de 2016, após uma década afastado do poder.
"Este é o povo de Fidel, a sua pátria e com as suas ideias vamos continuar defendendo a bandeira do socialismo", declarou o presidente da Federação de Estudantes Universitários (FEU), Raúl Alejandro Palmero, no discurso principal do ato.
Segundo o dirigente estudantil, Fidel Castro (1926-2016) foi "sem discussão nosso líder histórico, mas também é ainda hoje um pai, um mestre, um conselheiro sem tamanho, um amigo próximo, uma voz de confiança".
O ato foi liderado pelo primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, de 57 anos, herdeiro designado pelo castrismo para suceder em fevereiro próximo na presidência Raúl Castro, que não foi visto publicamente em nenhuma das homenagens ao seu irmão que aconteceram em diversos lugares do país.
justamente neste domingo acontecem eleições municipais em toda Cuba, que marcam o começo do processo que vai terminar em uma nova Assembleia Nacional, o parlamento unicameral cubano, que deverá ratificar o futuro presidente do país.
"A juventude cubana vai invadir as urnas e demonstrará ao mundo que aqui sim há continuidade, que aqui sim há Revolução", afirmou Palmero sobre essas eleições que vão marcar uma substituição de geração no poder, depois de quase 60 anos da era castrista.
Apesar da ausência de Raúl Castro, esteve presente na homenagem o seu filho, o coronel Alejandro Castro Espín, que pertence ao círculo de confiança do presidente e dirige o departamento do Ministério do Interior que controla a inteligência e contra-inteligência do país.
Muitos analistas opinam que Espín será uma figura influente quando seu pai deixar a presidência do país, pois de fato ele se ocupou de liderar as conversas secretas com os Estados Unidos antes de anunciar o descongelamento diplomático entre ambos os países.
Entre o público, Harold Picaren, de 31 anos, relembrou Fidel Castro como "o ânimo que anima a seguir em frente, sempre presente, para continuar construindo a Revolução".
"Quando não soubermos por onde nos guiar sempre teremos o mapa de Fidel, teremos essa guia e não vamos nos perder", disse Picaren, biólogo de profissão.
Berta Pérez declarou que, apesar da ausência de Fidel e a saída do poder de Raúl, "os programas sociais e a linha da Revolução vão continuar porque em Cuba é o povo que dirige o país".
Além dos discursos nos quais se exaltou a figura de Fidel Castro, o ato contou com shows.
Por causa da data, a imprensa oficial, na qual não se fala de morte ou falecimento, mas de "desaparecimento físico", dedicou amplos espaços a lembrar a figura e o legado de Fidel.
O jornal "Granma", órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, trouxe na capa uma foto de Fidel de corpo inteiro vestido de verde-oliveira com o título "No coração de Cuba", e entre as suas páginas há artigos de Katisuka Blanco, sua biógrafa oficial.
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