Nuvem de cinza do vulcão Agung, em Bali, na Indonésia, deixa de afetar voos
Karangasem (Indonésia), 3 dez (EFE).- A coluna de cinza expelida pelo vulcão Agung na ilha de Bali, na Indonésia, há mais de uma semana diminuiu, e os especialistas descartam problemas no transporte aéreo neste domingo, embora se mantenha o alerta de uma possível erupção maior.
O Centro de Alerta de Cinza Vulcânica de Darwin (Austrália) informou que a nuvem de cinza é mínima e as companhias aéreas que até agora tinham optado por cancelar voos, como a Virgin Australia, oferecem viagens procedentes de Bali.
"O vulcão está em calma na parte externa, mas estão acontecendo muitas coisas dentro dele", publicou a Magma, a plataforma nacional de informação e coordenação para vulcões e outros desastres, em redes sociais.
O posto de observação do vulcão em Rendang informou que o Agung sofre tremores leves, mas contínuos, e que continua expelindo lava.
O Centro de Vulcanologia e Combate de Perigos Geológicos mantém o alerta no nível máximo, o quatro, e a área de segurança em um raio de até dez quilômetros de distância da cratera.
O número de pessoas removidas em centros de acolhimento chegou a 59 mil, segundo o último registro. As autoridades calculam que entre 90 mil e 100 mil indonésios vivam dentro da área de perigo.
Muitos afetados buscaram alojamento em casas de famílias e amigos, e outros milhares se negam a deixar a região, sobretudo por motivos econômicos, mas também por razões espirituais.
O aeroporto internacional de Bali, o Ngurah Rai, fechou na segunda-feira e na quarta-feira à tarde por causa da nuvem de cinza, o que afetou mais de 100 mil passageiros.
O Agung fica no leste de Bali, no distrito de Karangasem, longe da maioria das atrações turísticas, que continuam seguras.
Esta erupção é a primeira do Agung desde 1963, quando as erupções duraram quase um ano e mataram mais de 1.100 pessoas.
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